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CDS-PP contesta encerramento do serviço de urgência de Gastroenterologia do Hospital de Braga

A Concelhia de Braga do CDS-PP veio contestar o encerramento do serviço de urgência noturno de Gastroenterologia do Hospital de Braga.

Altino Bessa, presidente da Concelhia e vereador do Município de Braga, disse que “esta decisão vinda  de Lisboa é demonstrativa do desnorte do Governo de António Costa, cujo pensamento foi: encerramos o serviço no Hospital de Braga e os utentes abrangidos por este recorrem aos hospitais da área metropolitana do Porto. Esquecem-se é que os serviços hospitalares do Porto estão lotados e mesmo que assim não fosse, o Hospital de Braga abrange uma área de atuação bastante considerável. Alguém tem que lembrar a este Governo que o Hospital de Braga abarca todo o distrito. É exequível pensar que por questões internas de organização da valência, o serviço encerre e os utentes sejam obrigados a recorrer aos serviços hospitalares do Porto? Esta decisão é irrisória e de um devaneio que nos surpreende. Este tipo de postura só reflete o desconhecimento do território nacional”.

O presidente da Concelhia acrescentou que este encerramento pode provocar “danos irreparáveis” no bem-estar da população. “O próprio Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, contesta esta tomada de posição destacando os danos e as problemáticas que dela advêm para a saúde dos habitantes do distrito. Sendo a posição do Bastonário oposta à deste Governo, pergunto: encerra-se um serviço de forma leviana sem ouvir a Ordem dos Médicos? O ‘parecer’ do Bastonário não tem peso na tomada de decisão? Esta política desnorteada só nos faz ter a certeza de que não há uma efetiva promoção da equidade do sistema, assim como a qualidade, eficiência e acessibilidade de cuidados de saúde iguais para todos. Não será esta medida um “filho” do término da Parceria Público Privada? Primeiro põem fim à PPP e depois retiram serviços ao Hospital de Braga. O que se seguirá?”, questionou.

Altino Bessa observou, ainda, que “a proximidade pode influenciar a procura pelos serviços de saúde, quer pelo tempo, quer pelo custo de deslocação. Não é aceitável que se encerre um serviço de urgência, com a mera justificação de que são poucos os doentes que a ele recorrem. Por mais parco que seja o número de atendimentos, a rapidez de atuação salva vidas. Muito mal estamos quando este tipo de decisões assenta em variáveis meramente quantitativas. Pretendemos um SNS que olha para os números, relegando para segundo plano a qualidade dos serviços prestados? Tendo em conta que esta decisão imatura colocará em risco a saúde da população, reclamamos a sua revogação. Haja bom senso e um planeamento equitativo”.

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