Os jardins do Museu dos Biscainhos, em Braga, classificados como Imóvel de Interesse Público desde 1949, vão ser recuperados pela Signinum, empresa que se dedica à gestão do património cultural há mais de duas décadas.
A obra de reabilitação, com início no próximo mês, vai abranger o jardim formal, o pavilhão de jardim, templete, entre outros elementos arquitetónicos edificados. Estão previstos trabalhos de intervenção e restauro nas áreas de materiais pétreos, material azulejar, metais e rebocos.
“Faz parte do ADN da Signinum promovermos a valorização de espaços icónicos dos centros das cidades e tudo aquilo que é o património de relevo em Portugal. Quisemos sempre ser um agente da valorização do nosso património e, no caso dos Biscainhos, estamos a tratar de um edifício que é um ícone da cidade de Braga, portanto, é um privilégio podermos contribuir para a preservação desse mesmo edificado”, afirma o administrador da Signinum, Luís Aguiar.
Concretamente, a intervenção vai decorrer em três fases, para que o espaço continue de portas abertas ao público. “Há cuidados extra que devemos ter, pelo seu valor intrínseco”, refere o diretor de obra, Ricardo Teixeira, exemplificando com o Tulipeiro da Virgínia, árvore com quase 300 anos classificada pela Autoridade Florestal Nacional.
A Associação Portuguesa dos Jardins Históricos atribuiu, também, ao Jardim dos Biscainhos o Selo de Qualidade de Jardim Histórico, passando a integrar a Rota dos Jardins Históricos do Baixo Minho.
“Vamos devolver a dignidade àquele jardim e conferir facilidades de acesso aos visitantes”, atesta Ricardo Teixeira.
Entre as intervenções de relevo, estão a construção de reservatórios para aproveitamento de águas pluviais para rega e o restauro de um conjunto de 12 fontes e tanques, que percorrem toda a área do Jardim até à cerca do Museu dos Biscainhos.
A obra está prevista ser concluída dentro de um ano.