
Foi apresentado hoje o projeto de requalificação do Cineteatro São Geraldo – Media Arts Centre e do edifício Pé Alado.
“A intervenção irá dotar Braga de um espaço de referência no domínio das Media Arts, promovendo a valorização do património edificado, o reforço da coesão territorial e a dinamização cultural do centro urbano”, refere a Câmara de Braga.
A reabilitação terá um custo de cerca de 14 milhões de euros e decorrerá ao abrigo de uma candidatura apresentada no âmbito do programa Norte 2030. O projeto para o edifício será analisado na próxima reunião do executivo municipal, que se realiza na segunda-feira.

O novo Media Arts Centre prevê um auditório com capacidade para 800 pessoas (700 em pé e 100 sentadas; ou 340 sentadas), um restaurante/cafetaria com capacidade para 80 pessoas e uma blackbox para 500 pessoas. Terá ainda outras valências como diversos espaços de trabalho e de criatividade.
Segundo Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, “este é um projeto que, apesar de todas as dificuldades que surgiram, será verdadeiramente emblemático e impactante para Braga e terá um forte impacto na zona envolvente”. “Trata-se de um projeto extraordinário que certamente contribuirá para a afirmação cultural da cidade e para a sua projeção nacional e internacional. Terá ainda a capacidade de reabilitar uma zona da cidade que perdeu algum dinamismo com a saída do Hospital”, disse o autarca.
A reabilitação contempla igualmente o edifício do Pé Alado, sede da Junta da União de Freguesia de São Lázaro e São João de Souto, que será demolido. A frente do edifício será substituída por uma nova solução arquitetónica.

“A nova infraestrutura vai proporcionar condições de trabalho modernas e funcionais para esta União de Freguesias e para todos os cidadãos e entidades com que esta interage”, sublinhou Ricardo Rio, destacando que “será devolvido à cidade um espaço icónico, agora transformado para responder aos desafios do presente e do futuro”.
Construído em 1917 e adaptado a cinema em 1950, o Cineteatro São Geraldo desempenhou durante décadas um papel central no panorama cultural bracarense. A sua utilização, que incluiu exibição de filmes, espetáculos teatrais e eventos sociais, foi interrompida em 1995.