A Câmara Municipal de Braga aderiu à “abem: Rede Solidária do Medicamento”, um programa social que possibilita aos cidadãos em situação de carência económica o acesso aos medicamentos essenciais para a sua vida e que lhe são prescritos por receita médica.
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, salienta que esta rede será um “auxílio crucial para as franjas mais carenciadas do concelho, que irá, no contexto de pandemia que atravessamos, abranger também os casos de inesperada carência económica decorrentes de situações de desemprego repentino ou de confronto com doença incapacitante, entre outros casos a analisar”.
“O acesso à medicação essencial é um fator fundamental para a saúde e dignidade dos cidadãos, das suas famílias e de toda a comunidade. Este é mais um apoio social que visa garantir a qualidade de vida dos bracarenses que passam por mais dificuldades, indo ao encontro de outras medidas que temos tomado no mesmo sentido e que visam até suprir lacunas do estado, como é um excelente exemplo o programa Braga a Sorrir”, afirma o autarca.
Cabe ao Gabinete Municipal de Saúde do Município de Braga a referenciação de cidadãos socialmente vulneráveis cuja situação seja enquadrável para integrar a Rede Solidária do Medicamento. A adesão é feita com total anonimato. Para qualquer esclarecimento pode contactar o Gabinete Municipal de Saúde através do número 253277099 ou do e-mail [email protected].
Beneficiários podem levantar medicamentos na farmácia à sua escolha
O programa foi aprovado em sede de Reunião do Executivo Municipal, que decorreu esta segunda-feira, e terá início após a assinatura do protocolo. Nessa altura serão também divulgadas as condições de adesão ao programa e a forma de inscrição dos cidadãos que reúnam essas mesmas condições.
A implementação deste programa resulta de uma parceria com a Associação Dignitude, uma instituição particular de solidariedade social que tem como parceiros promotores a Cáritas Portuguesa, a Plataforma Saúde em Diálogo, a Associação Nacional das Farmácias e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.
A Autarquia afecta uma verba de 100 euros por cada beneficiário aderente ao programa, até o montante máximo de 25 mil euros anuais. O restante montante financeiro necessário à concretização do programa é obtidos pela Dignitude através de donativos canalizados para o Fundo Solidário, utilizado apenas para a comparticipação dos medicamentos prescritos aos beneficiários.
Aos beneficiários será entregue um cartão “abem:”, bastando apresentá-lo numa farmácia à escolha para poder adquirir, sem custos para si, os medicamentos comparticipados que lhe forem prescritos.
A Dignitude agrega vários agentes dos sectores da saúde, social, empresarial e a sociedade civil para lançar uma resposta inovadora e abrangente ao problema da falta de acesso aos medicamentos.