O Conselho Municipal de Ambiente e Ação Climática de Braga reuniu esta sexta-feira para analisar a Estratégia Municipal de Educação Ambiental e o Plano Municipal de Ação Climática, que se encontra em fase de consulta pública.
O vereador do Ambiente, Altino Bessa, explica que “estes dois documentos dão seguimento ao caminho que tem vindo a ser seguido pelo Município de Braga na última década assente na elaboração de diversos instrumentos municipais de resposta climática à escala local”. “É, por isso, importante ouvir o Conselho Municipal de Ambiente e Ação Climática e fazer um debate em torno destas matérias que assumem um papel essencial na nossa estratégia de resposta aos desafios colocados pelas alterações climáticas”, sustenta Altino Bessa.
A Estratégia Municipal de Educação Ambiental representa, segundo a Câmara Municipal, “um marco significativo para a vida da cidade em direção a um futuro mais sustentável e ecologicamente consciente”. O documento, que assenta na estratégia da Estratégia Nacional para a Educação Ambiental, abrange “um conjunto alargado de temas no sentido de fornecer à comunidade uma oferta pedagógica íntegra, com base nos melhores exemplos e referencias nacionais e internacionais”.
Esta estratégia será concretizada a partir de programas de ação, que se traduzem em iniciativas específicas de educação ambiental. As ações envolvem um espetro diversificado de atividades, desde comemorações de efemérides e semanas ambientais, ações de sensibilização e formação, e ações práticas e participativas.
Já o Plano Municipal de Ação Climática (PMAC-Braga), que se encontra em fase de consulta pública, surge da necessidade de aumentar a resiliência do território face à previsível intensificação dos riscos, nomeadamente ondas de calor, secas, cheias e inundações, fenómenos meteorológicos extremos e incêndios florestais. Assim, foram desenhadas 37 ações climáticas para serem implementadas até 2030 (13 de mitigação, 14 adaptação, 5 de gestão e governança e 5 de conhecimento e capacitação).
Estas ações têm a particularidade de englobar toda a sociedade civil nesta causa com o objetivo de “Braga continuar a afirmar-se como um exemplo e uma referência de responsabilidade, ambição e transparência no domínio da ação climática”.
Segundo Altino Bessa, “o percurso efetuado até ao momento permite a Braga assumir compromissos ambiciosos e mobilizadores como a redução em 55% das emissões de gases com efeito de estufa até 2030; o cumprimento da neutralidade carbónica em 2050 e a redução da pobreza energética no território municipal”.
O Conselho Municipal de Ambiente e Ação Climática de Braga é um órgão consultivo, de promoção do debate sobre as matérias ambientais e climáticas e que atua junto dos decisores políticos, através da apresentação de sugestões e alternativas que visem a minimização dos impactos no ambiente e no clima.