
Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de São Victor, em Braga, esteve presente no Conselho Geral da Associação Nacional das Freguesias, que decorreu em Grândola.
Na ocasião, o autarca instigou a ANAFRE a “promover diligências para um melhor serviço público” face ao “deficitário serviço ao público que está a ser prestado pela E-REDES, no campo da iluminação dos espaços públicos e pelos CTT, na área da entrega de correspondência postal”.
“No dealbar das celebrações da Revolução dos Cravos e acontecendo em Grândola o Conselho Geral, parece-me ser aqui o local certo para alertar para o ataque que está a ser feito ao bem-estar público. Por um lado, o péssimo serviço no campo da iluminação pública, com a E-Redes a não cumprir com a sua função. Em Braga, e acredito que talvez por todo o país, a E-Redes tem ficado aquém das suas funções, permitindo que ruas inteiras fiquem às escuras por dias e semanas a fio, causando o clima de insegurança na população. Não só insegurança do foro criminal, mas também, insegurança do ponto da proteção civil, aumentando os fatores de risco contra pessoas e bens. E reportando os casos na plataforma online, muitas vezes surgem os estados de avaliação dados como resolvidos, quando, na verdade, a situação se mantém por resolver”, frisou Ricardo Silva na sua intervenção.
Relativamente aos CTT, para o autarca esta entidade “tem ficado aquém da sua missão, estando a cortar, cada vez mais, os operacionais de distribuição da correspondência”. “Em Braga, e na freguesia de São Victor, a função de carteiro está a atuar em serviços mínimos, comprometendo a distribuição de correspondência postal, onde se inserem os postais de reforma dos pensionistas. Numa altura em que se sente a crise social com contornos financeiros, e com os custos de vida a aumentar, sobretudo nas áreas essenciais como a habitação, a alimentação ou o acesso à saúde, comprometer a entrega do único meio de subsistência de uma franja significativa da população é comprometer o direito à vida, lançando a população, sobretudo a de terceira idade, no caos social”, sustentou o presidente.
Na defesa dos interesses da população, Ricardo Silva solicitou auxílio à ANAFRE para que “estabeleça diálogos com a E-REDES e com os CTT para garantir o bom funcionamento destes serviços, ou que pressione o Governo para garantir que estas empresas cumprem com as suas funções e garantem o bem estar à população.”