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AEMinho reuniu empresários e autarcas para debater Plano de Recuperação eResiliência

© AEMinho

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) organizou na passada sexta-feira, juntamente com a PwC, um jantar-debate com o objetivo de esclarecer as empresas sobre os propósitos e aplicações do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, professor António Costa Silva, foi o convidado de honra num painel de debate que juntou o presidente da Associação Empresarial do Minho, Ricardo Costa, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, o Global Incentives Solutions Partner da PwC, Pedro Deus, e o jornalista Camilo Lourenço.

“As preocupações das empresas com o montante de fundos disponibilizados, a imensa burocracia associada ao processo e a ausência de uma componente de reforço dos capitais próprios das empresas” foram alguns dos assuntos trazidos à conversa. “Se o programa vier a ser integralmente implementado, existe a possibilidade de se esgotar o valor total sem atender a todas as manifestações de interesse”, ouviu-se.

A “impossibilidade de as empresas fazerem qualquer planeamento da utilização dos fundos disponibilizados pelo PRR e a falta de financiamento para colmatar o problema habitacional, transversal a todo o país” foram também algumas das preocupações mencionadas neste encontro, evidenciando que algumas linhas do PRR “estão claramente subdimensionadas, o que pode traduzir-se em ajudas de valor insignificativas para empresas, sobretudo PME’s e microempresas”.

Tornando evidente que “o plano português sairá claramente a perder quando comparado com o de outros países, nomeadamente Grécia e Espanha”, este jantar-debate revelou também a “existência de um grande distanciamento” entre o plano inicial traçado por António Costa Silva e o programa final da responsabilidade do Governo. Os participantes afirmaram que os sinais mostram que “o Governo teve muita pressa na aprovação do programa, presumivelmente numa tentativa de aplicar rapidamente os fundos, até para colmatar o investimento público não realizado de 2016 a 2021 e garantir uma estratégia de promoção na lógica de ‘fomos os primeiros'”.

Ricardo Rio aproveitou o momento para comentar e reprovar o facto de “as autarquias não terem sido ouvidas neste processo”.

A AEMinho mostrou-se preocupada com “o futuro das empresas minhotas num plano pós-pandemia”, reiterando a “importância de assegurar que os apoios disponíveis são devidamente aplicados para garantir a estabilidade económica da região”, bem como realçar a “expectativa de que os processos melhorem e se tornem mais eficientes”. “A AEMinho estará sempre disponível para encontrar pontos de convergência que se reflitam numa maior eficiência na utilização de recursos que possam contribuir para o desenvolvimento empresarial da região, sendo que para isso terão de ser os atores políticos, na qualidade de detentores do poder de disposição destes recursos, a promoverem essas mesmas convergências. É fundamental integrar o tecido empresarial e os seus atores nos processos de tomada de decisão”, referiu em comunicado.

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