O Comando Territorial de Braga, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), nos dia 11 e 12 de março, deu continuidade a uma operação policial que culminou com a constituição de 84 arguidos por falsificação de documentos e falsidade informática, tendo realizado 51 mandados de buscas domiciliárias, nos concelhos de Braga e Viana do Castelo.
Em comunicado, a GNR explica que “no âmbito de uma investigação que decorria há mais de um ano, por crimes de falsificação de documentos, atestado falso e falsidade informática, relacionados com a não vacinação de canídeos contra a raiva, nos concelhos de Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Barcelos, Póvoa de Lanhoso, Amares, Esposende, Ponte de Lima e Viana do Castelo, e na sequência das diligências já desenvolvidas no dia 8 de novembro de 2023, os militares detiveram cinco pessoas com idades compreendidas entre os 21 e os 70 anos e apreenderam diverso material relacionado com a prática dos crimes”.
No seguimento de todas as diligências policiais realizadas no dia 8 de novembro de 2023 e nos dias 11 e 12 de março, constituíram arguidas 84 pessoas, com idades compreendidas entre os 20 e os 80 anos.
Adicionalmente, foram ainda recolhidos e apreendidos vários objetos relacionados com os crimes em investigação, nomeadamente 53.099 euros em numerário, 524 boletins sanitários de vacina de canídeos, 109 ampolas de vacinas antirrábicas, 540 vinhetas médicas, 24 telemóveis, dez computadores portáteis, três discos rígidos de armazenamento, três armas ilegais um revólver e diversos documentos físicos e digitais, relacionados com atos médicos veterinários e com os crimes em investigação.
Aos cinco detidos já havia sido determinada a medida de coação e proibição de contactos entre eles e, ainda, a suspensão do exercício da profissão de médica veterinária e funções no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a uma detida.
Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Braga.