40 pessoas morreram no ano passado em acidentes com tratores e máquinas agrícolas. Os números foram divulgados pela GNR.
Atendendo ao número de acidentes que envolvem tratores e máquinas agrícolas, registados na área de responsabilidade da Guarda, a GNR irá continuar a realizar ações de sensibilização dirigidas aos utilizadores com o objetivo de fazer cumprir as medidas de segurança e prevenir a ocorrência de acidentes na manobra de veículos ou máquinas agrícolas e florestais.
“Uma das principais causas para a sinistralidade no domínio da atividade agrícola ou relacionada, aponta para a idade avançada do agricultor, a que se alia a necessidade das tarefas agrícolas terem de ser realizadas em intervalos reduzidos de tempo, agravando o cansaço físico, próprio de uma atividade fisicamente exigente”, refere a GNR.
“Outras das causas apontadas, resultam do excesso de confiança a operar máquinas que, para todos os efeitos, são perigosas e, por vezes, decorrem da falta de formação para o seu manuseamento. Denota-se que, mais de 50% dos tratores não dispõem de estruturas de proteção, sejam elas arcos ou cabines, acessórios importantíssimos para a segurança do trabalhador”, acrescenta.
Com o objetivo de aconselhar os utilizadores de tratores e máquinas agrícolas para o cumprimento das regras de segurança, a GNR aconselha “não esqueça a manutenção do veículo. O seu mau funcionamento ou falta de limpeza podem causar acidentes. Lembre-se que as estruturas de proteção, como o arco de “Santo António”, podem evitar a morte do condutor ou reduzir a gravidade dos ferimentos. Utilize os acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei. Frequente ações de formação teóricas e práticas. Conheça os riscos da condução de tratores agrícolas e circule com segurança. Não conduza sob o efeito de álcool, fadiga ou com excesso de velocidade. Respeite os limites do trator. Não sobrecarregue nem transporte passageiros ‘à pendura’. É proibido e perigoso”.
Para finalizar, sendo o capotamento a principal causa a provocar vítimas, a GNR alerta para o facto de que é obrigatório circular com arco de segurança, conhecido por “Arco de Santo António”, erguido e em posição de serviço, bem como a utilização do cinto e demais dispositivos de segurança com que os veículos estejam equipados. Além disso, relembra que os tratores e máquinas agrícolas ou florestais e as máquinas industriais estão agora obrigados a possuir avisadores luminosos especiais.