Quinta-feira, Abril 25, 2024
12.2 C
Braga
ReportagemVeteranos de Guerra pedem aos governantes para "não serem esquecidos"

Veteranos de Guerra pedem aos governantes para “não serem esquecidos”

© Sandra Catarina Antunes

A sede da Junta de Freguesia de Maximinos, em Braga, foi palco, esta quarta-feira, da Tomada de Posse da nova Direção da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG). Na cerimónia, os ex-combatentes de guerra pediram aos governantes para “não serem esquecidos”, pretendendo um subsídio mensal e um monumento dedicado aos combatentes do Ultramar.

Augusto Freitas, presidente da Direção da APVG, falou que irá dar continuidade ao trabalho em prol dos ex-combatentes e que tenciona dotar as delegações de meios para a realização de videoconsultas.

© Sandra Catarina Antunes

“Sentimos o vosso apoio institucional e é por isso que estamos todos aqui reunidos para mostrar a continuidade de uma boa gestão e o recuperar da sua credibilidade junto dos nossos associados, de outras associações congéneres e dos organismos oficiais e governamentais. Como já disse anteriormente, é preciso acreditar no nosso projeto, não só porque já mostrámos do que somos capazes, mas também porque é preciso continuar e para melhor. Contamos convosco! Contem connosco. Viva a Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra! Viva Portugal!”, disse Augusto Freitas.

Por seu turno, Manuel Nascimento, presidente da Assembleia-Geral da Federação Portuguesa dos Antigos Combatentes, aproveitou a ocasião para informar que irá exigir ao Governo uma pensão mensal de 150 euros aos ex-combatentes, lançando o desafio para erguer um monumento em homenagem aos veteranos de guerra, em Braga.

“Um homem ou mulher que esteja a governar um país acha digno de distribuir 150 euros por ano a nós ex-combatentes? Isto não se faz! Isto é uma humilhação e chamo de humilhação porque nem dá para pagar medicamentos. Queria que todos estivessem do mesmo lado para ver aquilo que nos têm feito ao longo de todos estes anos. As nossas reformas são pequenas e nós deveríamos de ter a nossa pensão igual ao salário mínimo nacional. Era isso que era digno para um ex-combatente viver”, sustentou Manuel Nascimento.

© Sandra Catarina Antunes

Altino Bessa, vereador da Câmara Municipal de Braga, marcou presença na cerimónia e admitiu que Braga “está a falhar com os ex-combatentes de guerra”, prometendo “encontrar um local digno para fazer um monumento”.

“Pela parte que me toca, voltarei a insistir no assunto e voltaremos a falar sobre isso porque acho que é uma obrigação do Município em erguer o monumento de homenagem. Esse reconhecimento é uma matéria que temos de voltar a insistir e que possamos, pelo menos até ao final deste mandato, cumprir no fundo essa promessa. Com isso, deixar também a nossa marca e o nosso reconhecimento por aquilo que fizeram por nós todos e que fizeram pelo país e pela pátria”, referiu o vereador.

© Sandra catarina Antunes

O presidente de Maximinos, Sé e Cividade, Luís Pedroso, falou a todos os presentes sobre a parceria que esta União de Freguesias tem com a associação. “Penso que nos últimos anos temos feito um caminho bonito e o ano passado conseguimos fazer as jornadas sobre a violência doméstica, que devemos replicar. O meu amigo Augusto Freitas e a APVG têm facilitado a vida de muitos fregueses, relativamente a consultas de psicologia e psiquiatria onde a semana passada enviei para lá uma pessoa porque estamos a viver tempos difíceis e há pessoas que deprimem com muita facilidade. A APVG, em boa hora fez aquele protocolo com a Câmara Municipal de Braga, que deve ser replicado porque vocês têm as estruturas, têm as pessoas e é só uma questão de poder utilizar essas valências a título gracioso”, salientou.

O autarca pretende apoiar esta associação com a comparticipação da compra de material para a realização das videoconsultas. “Eu gosto mais de fazer do que falar e relativamente às consultas por videochamada podem contar com a União de Freguesias para comparticipar na compra do material para que isso seja uma realidade a curto prazo”, sublinhou.

Rui Santos, presidente da Mesa da Assembleia-Geral que cessou funções, enalteceu “o empenho, o trabalho e a colaboração do 1º secretário e do 2º secretário da Mesa da Assembleia-Geral” e agradeceu a todos os presentes referindo que onde estiver, irá “representar a APVG e recomendá-la”.

Esta cerimónia contou com a presença dos presidentes das delegações nacionais, regionais e locais que também tomaram posse para as 12 delegações da APVG.

Órgãos sociais da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra

Sede: Augusto Freitas (presidente); Francisco Martins (vice-presidente); José Araújo (tesoureiro) e José Rocha (vogal). Mesa da Assembleia-Geral: Alberto Amaral (presidente), Manuel Fonseca (1.º secretário) e João Marques (2.º secretário). Alfredo Rodrigues (presidente do Conselho Fiscal); António Abreu (1.º vogal) e Fernando Valente, (2º vogal). 

Presidentes das Delegações

Algarve: Nuno Emídio; Barcelos: Gabriel Rodrigues; Ermesinde: José Sousa; Fafe: Manuel Ribeiro; Felgueiras: Virgílio Sousa; Guimarães: Daniel Leite; Lavre (Montemor-o-Novo): Manuel Silva; Porto: José Martins; Trás-os-Montes (Chaves): António Esteves; Vale do Sousa: António Oliveira.

PARTILHE A NOTÍCIA

LEIA TAMBÉM

NEWSLETTER

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

REPORTAGEM

POPULARES