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UMinho junta uma centena de especialistas em química medicinal da academia e da indústria

© UMinho

Departamento de Química e os alunos do mestrado em Química Medicina da Universidade do Minho organizam esta quinta-feira, dia 15, o seu 6.º Simpósio de Química Medicinal, no auditório da Escola de Ciências da UMinho (ECUM), em Braga. A iniciativa tem o tema “Descoberta de Drogas no Século XXI” e conta com uma centena de participantes das universidades de Coimbra, do Minho, do Porto e de Trás-os-Montes e Alto Douro, da farmacêutica Hovione e do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).

O programa inclui palestras plenárias, comunicações orais convidadas, selecionadas e flash e duas sessões de pósteres. “Os avanços tecnológicos ao nível da química, biologia, genómica, proteómica e inteligência artificial revolucionaram o modo como os químicos medicinais passaram a abordar a descoberta e o desenvolvimento de um novo medicamento; este simpósio contribuirá para que os participantes se atualizem em alguns destes aspetos”, refere a professora Maria Alice Carvalho, do Departamento de Química da ECUM. Os especialistas convidados vão partilhar o seu saber e os jovens investigadores vão também poder apresentar os seus trabalhos.

Simplificar a descoberta de fármacos

O evento junta temas como biossensores inovadores para biomarcadores de saúde, terapias moleculares para reparo de lesões medulares, inseticidas de inspiração natural ou, por exemplo, modelagem química computacional de reações químicas, “uma área muito importante, pois consegue simular-se por computador se uma molécula é potencialmente ativa ou não, se encaixa ou não no recetor”, explica o diretor do Departamento de Química, Luís Monteiro.

As novas tecnologias alteraram a tarefa dos químicos na síntese e nos testes biológicos, simplificando a descoberta de fármacos. “A identificação dos alvos biológicos e suas funções permite pensar o desenho de um novo fármaco (molécula) para atuar no alvo desejado”, realça Maria Alice Carvalho. “O acesso a ferramentas com informação sobre farmacocinética e toxicologia permite prever problemas associados a uma determinada molécula e evitá-los; reduz-se assim o desperdício de recursos e os custos a desenvolver novos fármacos”, resume.

Os medicamentos têm sido muito valorizados, ligados ao aumento da esperança média de vida, e a pandemia covid-19 mostrou a sua centralidade. “A pandemia alertou, talvez, para a necessidade de se investir continuamente na ciência, de partilhar a informação científica e de poder trabalhar em equipa, para em tempo útil se alcançar resultados decisivos; por outro lado, contribuiu para motivar os jovens a estudarem Ciências e para toda a sociedade olhar para a investigação como algo fundamental”, conclui a docente.

O simpósio conta com o apoio do Centro de Química da UMinho e da Sociedade Portuguesa de Química.

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