Terça-feira, Abril 23, 2024
11.2 C
Braga
AtualidadeUMinho e INESC TEC analisam impacto da variante Ómicron na eficácia da...

UMinho e INESC TEC analisam impacto da variante Ómicron na eficácia da vacinação

© UMinho

Investigadores da UMinho e do INESC TEC analisaram o impacto da variante Ómicron na eficácia da proteção conferida pela vacinação contra a infeção pela Covid-19. O estudo publicado na conceituada revista Scientific Reports, do grupo Nature, é resultado do trabalho de uma equipa internacional, no âmbito do projeto Coronasurveys.

Tendo por base um grande conjunto de dados recolhidos pela plataforma Meta, Raquel Menezes, docente e investigadora da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), e Carlos Baquero, docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e investigador do INESC TEC, que já passou também pela UMinho, determinaram a viabilidade da utilização de informação sobre sintomas da Covid-19, obtida por um inquérito aplicado no acompanhamento da evolução da pandemia.

Em concreto, os resultados do estudo “Using survey data to estimate the impact of the omicron variant on vaccine efficacy against COVID-19 infection” permitiram detetar o número de casos durante a pandemia, sendo uma abordagem relevante no arranque de uma potencial nova epidemia e até em locais com escassez de recursos.

“Quando o estudo foi feito, no início de 2022, rapidamente foi possível observar uma menor eficácia da proteção existente”, salienta Carlos Baquero, investigador do Laboratório de Software Confiável (HASLab) do INESC TEC. “Nos meses seguintes, esta menor eficácia veio a confirmar-se com um aumento substancial das infeções em Portugal, felizmente, com efeitos muito mais reduzidos na mortalidade”, acrescenta Raquel Menezes, investigadora do Centro em Matemática da UMinho.

A recolha de dados pela Meta foi descontinuada em meados de 2022. Ainda assim, há muita informação que pode ser trabalhada no sentido de obter mais resultados e em diversos campos de aplicação relacionados com esta temática.

A doença por coronavírus resultou até ao momento em 673 milhões de casos e 6.85 milhões de mortes, dos quais 5.56 milhões de casos e 26.059 mortes em Portugal, segundo dados da Universidade de Johns Hopkins. Esta doença respiratória infeciosa foi detetada há três anos na China e disseminou-se pelo mundo em variantes, sendo a Ómicron das mais contagiosas.

PARTILHE A NOTÍCIA

LEIA TAMBÉM

NEWSLETTER

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

REPORTAGEM

POPULARES