Teresa Mota é a candidata do Livre à presidência da Câmara Municipal de Braga. A apresentação pública decorreu na tarde desta terça-feira, na esplanada do café “A Brasileira”.
Na ocasião foi também apresentado Alfredo Oliveira, que concorre como cabeça de lista à Assembleia Municipal de Braga, e os membros da lista do Livre, José Carlos Vieira, António Marques, Bruno Machado e Gilbert Paillé.
Na sua candidatura, Teresa Mota apresentou “uma alternativa autárquica diferente”, pretendendo estabelecer como prioridade “a construção de uma comunidade em Braga”.
“Queremos uma comunidade que cuide e proteja os bens naturais; que preserve o património; que reinvindique o acesso universal aos serviços públicos; que resista à mercantilização de tudo e de todos. Pretendemos uma comunidade que se encontre nas ruas, nos bairros, nos jardins e nos parques e tem tempo e oportunidade para participar democraticamente nas decisões que lhe dizem respeito”, disse.
Teresa Mota apresentou medidas que “rompem com o atual estado das coisas e propõem a construção de um futuro comum radicalmente diferente”.
O Livre quer implementar uma estratégia municipal de transformação ecológica e aumentar as reservas agrícolas e ecológicas na cidade de Braga. “Propomos a criação e implementação de uma estratégia municipal de transformação ecológica que constitua a base de todo o pensamento e ação no Município. Neste contexto, pretendemos revisitar o Plano Diretor Municipal de modo a aumentar as reservas agrícolas e as reservas ecológicas, de modo a conservar a biodiversidade”, frisou a candidata.
A mobilidade é também uma das prioridades da candidatura de Teresa Mota. “Queremos devolver o espaço e os bens públicos às pessoas, permitindo que elas se encontrem e possam pensar o comum. É crucial que sejam priorizadas as deslocações a pé e de bicicleta e os transportes públicos, em detrimento da utilização do transporte automóvel individual”, acrescentou.
A candidata quer também implementar “uma mudança de proximidade com os cidadãos, promover o comércio local e retirar Braga do terceiro lugar da lista com mais atropelamentos no país”. “É necessário implementar o acesso próximo de cidadãos e cidadãs aos serviços e bens públicos, promover o comércio local e de proximidade e construir locais de lazer e conversa ao redor de prédios e moradias. Este será um Município mais saudável e ecológico, que contribui para a redução das emissões de gases com efeito de estufa. Também queremos retirar Braga do terceiro lugar da lista de cidades com mais mortes por atropelamento em Portugal”, sublinhou.
Teresa Mota defende “o direito a uma habitação condigna”, propondo medidas como a reabilitação de património imobiliário pertencente à Autarquia e ao Estado. “É urgente reclamar o direito a uma habitação condigna para todos. Propomos medidas conducentes ao aumento da habitação pública em Braga, com a alocação e reabilitação de património imobiliário pertencente à Autarquia e de imóveis devolutos do Estado e seu posterior arrendamento a preços compatíveis”.
O Livre quer também a remunicipalização da Agere para “salvaguardar o acesso universal à água” e a devolução da Fábrica Confiança à comunidade.
Teresa Mota tem 56 anos, é responsável de uma empresa de serviços geológicos, é natural de Tomar e reside em Braga. Foi professora de Geologia e Biologia e, posteriormente, investigadora em História da Ciência no atual Museu Nacional de História Natural e da Ciência e no Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia em Lisboa.
A candidata à presidência da Câmara Municipal de Braga fez parte como independente da lista do Livre às últimas eleições europeias e cabeça de lista pelo Livre em Braga nas últimas eleições legislativas, ainda como independente. Hoje, Teresa Mota faz parte dos quinze elementos do Grupo de Contacto do Livre e do Grupo de Coordenação Local do Núcleo Territorial de Braga.