A Startup Braga associou-se ao movimento tech4COVID19 para pedir ao governo medidas excecionais que diminuam os efeitos da Covid-19 no ecossistema empreendedor português. O documento, resultante do trabalho desenvolvido pelas centenas de empreendedores, investidores e incubadoras envolvidas, contou também com o apoio de 13 startups da comunidade do hub de inovação da InvestBraga.
O documento, entregue ao Governo, propõe, entre outras medidas, um conjunto de propostas que salvaguardem o “reforço de tesouraria e de fundo de maneio”, que permita às startups sobreviver até que se verifique uma retoma na disponibilidade de investimento.
Outra das preocupações do grupo de empreendedores prende-se com a necessidade de criar mecanismos que permitam às startups manter os postos de trabalho e que facilitem, simultaneamente, a atração e retenção de talento e conhecimento. Para tal, sugerem a revisão e criação de novas iniciativas que incentivem a concretização de investimentos tanto de business angels como de venture capital.
Os empreendedores realçam, ao longo do documento, que as startups têm características que as diferenciam das restantes empresas do tecido empresarial português.
Além de contar com a participação da Startup Braga e de parte da sua comunidade, o projeto envolveu outras incubadoras e aceleradoras como Founders Founders, UPTEC, IPN, Scale Up Porto, Aliados Consulting, FES Agency e Beta i, além da Startup Portugal e alguns dos principais investidores portugueses.
Recorde-se que, de acordo com os dados do estudo elaborado pela Aliados Consulting e pela FES Agency sobre o impacto do Covid-19 nas startups portuguesas, 73% dos empreendedores garantem sentir já impacto negativo do vírus nos seus negócios e 43,9% regista perdas nas vendas superiores a 60%. O estudo relembra ainda que, segundo dados recolhidos pela Startup Portugal, o ecossistema empreendedor representou, em 2018, 1,1% do PIB português.