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Unidades de rastreio do cancro da mama do Norte estão suspensas desde março

Ana Rita Bessa, Telmo Correia, Cecília Meireles e João Pinho de Almeida, deputados do CDS, voltaram a questionar Marta Temido, ministra da Saúde, sobre o atraso no recomeço do rastreio do cancro da mama na região Norte, suspenso desde março.

“Queremos que a ministra confirme qual a justificação para o atraso na formalização do acordo entre a Administração Regional de Saúde do Norte e a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte, qual o motivo para que a aprovação, numa matéria tão importante, ainda não tenha sido dada, e quando recomeçarão os rastreios nesta região. Já a 8 de agosto perguntámos à ministra, mas até agora não obtivemos resposta”, referem os centristas.

Os deputados afirmam que à data estão por fazer milhares de exames, numa população alvo de aproximadamente 630 mil mulheres, sendo que “não há quaisquer explicações sobre o motivo do atraso na formalização do acordo entre a Administração Regional de Saúde do Norte e a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte”.

Na altura da suspensão do rastreio, no mês de março, o núcleo rastreava os concelhos de Braga, Felgueiras, Guimarães, Marco de Canaveses, Matosinhos, Paredes, Peso da Régua, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Valença, Valongo, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Vila Real e Vinhais. Devido à pandemia, foram adiados cerca de 75 mil exames nesta região. No resto do país, os rastreios já estão a ser feitos desde junho.

“O Núcleo Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro está parado há nove meses, com 72 funcionários, entre técnicos, administrativos e médicos, representando muitas centenas de milhares de euros de despesa, e só através deste núcleo, ao longo dos últimos 20 anos, foi possível diminuir até 25% a taxa de mortalidade do cancro da mama. Nunca é demais lembrar que a deteção precoce do cancro da mama é fundamental para que o tratamento tenha sucesso. Daí a importância dos rastreios, que até 2018 permitiram encaminhar para tratamento 19 mil mulheres”, ressalvam os deputados. 

Sem rastreios desde março, os profissionais não têm muitas dúvidas de que “as mortes por cancro da mama vão aumentar e que esta repercussão vai ser visível nos próximos anos”.

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