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CDS Braga quer retoma da linha de circulação do comboio Celta

A circulação do comboio Celta, que faz a ligação entre Porto e Vigo, encontra-se suspensa desde o dia 17 de março, altura em que foram encerradas as fronteiras devido à pandemia da Covid-19. A retoma desta valência aguarda ainda decisão da CP e da Renfe, cujas propostas apresentadas estão em fase de apreciação.

Apesar de as fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha terem sido abertas a 1 de julho, a circulação do comboio Celta ainda não foi reativado.

“É dissonante que as fronteiras terrestres abram e a ligação de comboio continue encerrada. Estamos perante um contrassenso. Qual é a diferença entre uma fronteira terrestre e a linha de ligação ferroviária? Já há circulação de portugueses e espanhóis no território ibérico. Logo, não há nenhuma justificação plausível para que a respetiva ligação ferroviária não seja retomada”, contesta Altino Bessa, presidente da Concelhia do CDS.

O centrista considera elementar a ligação entre os dois territórios através de todos os meios de transporte existentes. “Acredito que qualquer tipo de infraestrutura ou transporte será importante para o desenvolvimento desta região. Nesta medida, urge que haja sensibilidade às necessidades da região transfronteiriça, encarando como necessária a retoma desta conexão ferroviária. Bem sabemos que devem ser tomadas todas as precauções no sentido de prevenir novos surtos. Todavia, estando já as ligações terrestre e aérea abertas, não há justificação para manterem encerrada a linha do comboio Celta. O setor turístico no Minho e na Galiza vive dias muito complicados. Com a não retoma desta ligação o resultado é uma maior asfixia do turismo”, ressalvou.

Para Altino Bessa, “muitos residentes na Galiza viajam até Braga ou Porto a título turístico, principalmente nos meses de verão. A linha ferroviária é, muitas vezes, a única opção para tantos destes viajantes. Aliás, alguns deles, podendo usufruir da linha ferroviária, evitariam o uso de viatura privada para se deslocarem entre Portugal e Espanha ou vice-versa. Grosso modo, para além de ser uma necessidade que facilita a mobilidade entre regiões também é um meio de promover e fomentar o setor turístico. Apesar da conjuntura ter mudado e de o nosso quotidiano estar repleto de cuidados, a atividade económica não pode estagnar”.

“Com a devida cautela, urge que a circulação comece a acontecer de forma regular e através de todos os meios existentes. Parece-me totalmente descabido que se abram fronteiras terrestres e se mantenham encerradas as linhas ferroviárias. A análise das propostas apresentadas por ambas as operadoras (CP e Renfe) tem que ser célere. Esta espera é nefasta para alguns setores. Fica o ensejo de que o bom senso impere na tomada de decisão”, concluiu.

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