
Foi assinado um protocolo de colaboração entre a APPACDM de Braga, a Velha-a-Branca – Estaleiro Cultural e o projeto “Letras de Braga”, unindo três entidades bracarenses em torno de um objetivo comum: valorizar a memória urbana e gráfica da cidade e da região, promovendo, em simultâneo, a inclusão social e cultural.
Um dos principais marcos desta parceria é a disponibilização de condições, por parte da APPACDM, de exposição e valorização do acervo gráfico do Letras de Braga. Trata-se de um acervo constituído por letreiros comerciais antigos, placas tipográficas e outros elementos visuais resgatados da cidade, que contam a história e preservam as memórias das ruas de Braga, através da sua identidade gráfica.
“Mais do que preservar o património gráfico da cidade, esta parceria une forças pela inclusão e pela memória. Com a credibilidade da APPACDM, criamos um espaço onde a cultura e a causa social se encontram. É mais do que uma cedência de espaço: é onde a memória coletiva pode ser cuidada, interpretada e partilhada com todos”, refere Nuno Dias, coordenador do Letras de Braga.
O protocolo prevê ainda o desenvolvimento de atividades de envolvimento comunitário, tais como oficinas, exposições, encontros participativos com a comunidade e utentes, bem como outras iniciativas organizadas em parceria pelas três entidades.
A APPACDM de Braga é uma instituição de cariz social que tem como missão apoiar, nos domínios educacional, social, ocupacional e residencial, a pessoa com deficiência inteletual, promovendo a sua autonomia e qualidade de vida, em articulação com a família e com a comunidade envolvente.
Já a Velha-a-Branca é uma cooperativa cultural independente e sem fins lucrativos, fundada em Braga em 2004 e gerida por voluntários. Desenvolve projetos nas áreas da arte, património e cidadania, com especial enfoque atualmente nos cursos artísticos e na promoção da participação cívica.
O Letras de Braga é um projeto dedicado à preservação do património gráfico da cidade, resgatando letreiros e elementos gráficos que contam a sua história. Nasce da urgência de documentar e proteger vestígios ameaçados pela gentrificação e homogeneização urbana. De letreiros ameaçados e desaparecidos a um museu gráfico, o projeto luta pela memória visual de Braga.