
A chuva deu uma trégua e permitiu que a Procissão Ecce Homo voltasse a percorrer as ruas de Braga ao som das matracas e à luz dos fogaréus.

Esta quinta-feira, bracarenses e visitantes concentram-se no centro da cidade para assistir à procissão que evoca o julgamento de Jesus.

A procissão, que teve início na Igreja da Misericórdia, integrou os farricocos, descalços e encapuzados, uns a soar matracas e outros a alçar fogaréus. A participação dos farricocos representa os penitentes que, ao longo dos séculos, acompanham esta manifestação como um apelo ao arrependimento pelos pecados.

No cortejo religioso fizeram parte várias figuras alegóricas da Ceia e do Julgamento de Jesus Cristo, assim como quadros alusivos à história e vivência das catorze obras da Misericórdia.

Também conhecida pelo nome “Senhor da Cana Verde”, esta tradição antiga da cidade de Braga teve origem entre os finais do século XVI e princípios do século XVII e incorporou um único andor, o do “Ecce Homo”, que significa “Eis o Homem!”, por Jesus ter sido entregue por Pilatos há mais de 2000 anos, num ato de simbolismo e reconhecimento do que lhe aconteceu na quinta-feira à noite antes da sua crucificação.








