A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso apresentou a Rota dos Monumentos Inclusivos, um projeto inovador e pioneiro. Dar acesso ao conhecimento sobre o património do concelho, através de elementos interpretativos adequados às necessidades de cada pessoa, e atrair novos públicos são dois dos objetivos deste recurso.
Esta apresentação decorreu na manhã desta quinta-feira, Dia Internacional da Cidade Educadora, partindo do repto que o tema deste ano lança aos territórios: “A cultura, fonte de criação e de aprendizagem na Cidade Educadora”.
“Sermos um concelho educador desafia-nos a que a Educação saia das paredes da escola. Enquanto comunidade, devemos proporcionar a todos momentos de aprendizagem contínua, aprendermos uns com os outros, aprendermos com aquilo que fazemos, com aquilo que disponibilizamos, com aquilo que temos. O projeto dos Monumentos Inclusivos é um desafio a que o património possa ser usufruído por todos, a que possamos comunicar com todos e levar a todos esta cultura associada ao património material”, referiu a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Fátima Moreira.
Nesta fase inicial, são oito os monumentos que integram esta Rota: o Castelo de Lanhoso, o Castro de Lanhoso, a Igreja Românica de Fontarcada, a Estátua da Maria da Fonte, em Fontarcada, a Igreja Românica de Verim, a Ponte de Mem Guterres, o Santuário de Nossa Senhora do Porto de Ave e a Mamoa do Madorro.
Segundo o arqueólogo da Câmara Municipal, Orlando Fernandes, “pretende-se ir alargando esta rede a outros elementos do património da Póvoa de Lanhoso e ir melhorando os recursos proporcionados através dos contributos do público-alvo utilizador”.
“Proporcionar o acesso a informação simples, concisa e de forma segura e confortável, através de uma experiência multissensorial única e marcante, capaz de estimular toda a comunidade” é o que se procura. Este recurso conta uma narrativa histórica do concelho, tendo sido criada uma interpretação, simples e sintetizada, para cada elemento arquitetónico. Todas as informações foram produzidas em português, traduzidas para Inglês, adaptadas para braille, Língua Gestual Portuguesa, áudio e um mapa que identifica os outros monumentos inclusivos. Estas informações estão organizadas em painéis interpretativos verticais, próximos de cada monumento. Os conteúdos também são disponibilizados na página eletrónica do Município.
A apresentação pública da Rota dos Monumentos Inclusivos contou com a intervenção da chefe de Divisão dos serviços de Educação da Autarquia, Maria José Lourenço, que descreveu, de uma forma genérica, em que consiste e quais os princípios que enformam o conceito de Cidade Educadora.
Na plateia, assistiram utentes da Casa de Trabalho de Fontarcada, da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga e da Assis, entidades com intervenção na área da deficiência, que foram desafiadas a criar um trabalho artístico sobre a Rota. Duas pessoas tiveram mesmo a oportunidade de ler, em primeira mão, placas com braille que serão colocadas junto aos monumentos selecionados. Devido ao estado do tempo, a visita a cada um dos oito Monumentos Inclusivos da Rota teve de ser adiada.