No ano em que Braga é Capital da Cultura do Eixo Atlântico, o evento “Poesia ao Centro” vai evocar Sebastião Alba, poeta nascido em Braga a 11 de março de 1940 e tido por muitos dos seus pares como um dos mais relevantes da poesia portuguesa do século XX.
O evento, a decorrer ao longo do mês de março, inclui encontros poéticos, recitais, música, teatro, documentários, oficinas, tertúlias, apresentações de livros e exposições. O “Poesia ao Centro” é um evento organizado pelo Município de Braga em parceria com a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e Rede de Bibliotecas de Braga, contando com a colaboração de inúmeras entidades bracarenses.
No Dia Mundial da Poesia, que se assinala a 21 de março, o Auditório Sebastião Alba da Escola Secundária de Alberto Sampaio acolhe a estreia do documentário “Ninguém Como Nós Conhece O Sol – a vida e obra de Sebastião Alba”, de Inês Leitão, e o espetáculo evocativo “Querido Poeta”, escrito e produzido pelo PIF’H (Produções Ilimitadas Fora D’Horas), especialmente criado para integrar a programação deste evento literário.
Uma das novidades deste ano será o ciclo “Sem Portas – encontros poéticos em lugares inusitados”, que irá decorrer entre os dias 15 e 21 de março. Com este ciclo pretende-se potenciar o diálogo entre a poesia e outras formas de expressão artística e, ao mesmo tempo, possibilitar a permeabilidade de outros espaços a iniciativas poéticas e culturais.
A Fundição de Sinos de Braga, os Bombeiros Voluntários de Braga, a Casa dos Cunha Reis, as escadarias do Convento do Pópulo, o Café Concerto da Rum/Mavy e o Laboratório de Inovação Cultural (no Edifício do Castelo) foram os locais escolhidos para acolher estes encontros.
Este ano, a poesia volta a sair à rua e a fazer-se ouvir nos Transportes Urbanos de Braga e a bordo dos comboios, através da distribuição de panfletos e da realização de performances. À semelhança dos anos anteriores, serão também distribuídos “comprimidos” nos hospitais, farmácias e centros de saúde devidamente prescritos pelo “Ministério da Poesia”.
Diferentes linguagens poéticas e outras formas de expressividade serão também estimuladas. Serão promovidos laboratórios e oficinas de escrita poética e criativa. Manuella Bezerra de Melo, jornalista e escritora, dinamizará o “Pequeno Laboratório de Poesia Política” na tarde do dia 21 de março, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. Também nesse dia, o Laboratório de Inovação Cultural, no Edifício do Castelo, acolherá a Oficina de Escrita Criativa “A Palavra é a Arma”, dinamizada por André Neves, artisticamente reconhecido como MAZE, um dos fundadores e integrantes dos Dealema, um dos mais antigos grupos do hip-hop português.
Aos públicos infanto-juvenis será proporcionado um vasto conjunto de atividades poéticas, desde apresentações de livros a sessões de leitura, de oficinas de escrita a recitais especialmente dirigidos aos mais novos.