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OpiniãoOs seguros são todos iguais

Os seguros são todos iguais

© João Ricardo Silva

“…e não servem para nada”. Quando se fala em seguros, é muito provavelmente a frase que mais se ouve quando se toca neste tema. É repetida várias vezes pelos portugueses, vezes de mais até, e isto deve-se à desconfiança dos clientes nos seguros e nas seguradoras.

E a verdade é que a maior parte dos portugueses faz seguros não porque acredita neles, mas porque os seguros são obrigatórios. Não olham para os seguros como um investimento, mas sim como um custo.

Temos cada vez mais problemas e mais desconfiança dos consumidores. Evoluímos muito e agora os seguros podem ser comprados rapidamente através do telemóvel ou pelo computador. Há uns anos a esta parte, houve uma grande evolução nas compras online. Privilegiou-se a facilidade de acesso a alguns serviços, como por exemplo aos seguros. Hoje uma grande parte dos seguros é comprada como produtos enlatados, disponíveis em qualquer estabelecimento comercial, como bancos, postos de correio, concessionários automóveis ou agências de viagem. São vendidos sem aconselhamento, sem acompanhamento, sem pós- venda ou assistência.

Ao falar de seguros, acredito que o fator humano ainda é importante e tem de ser reforçado. A relação pessoal com os clientes nunca será eliminada.

E a verdade é que todos, ou quase todos, já tivemos problemas com os seguros ou conhecemos alguém que teve. E quando esses problemas acontecem remetem-nos para uma longa apólice, com letras pequeninas que nunca lemos, mas pagámos ao longo de anos.

Entendo que só existe uma solução para resolver este problema, transparência, aliada com uma contratação acompanhada e explicada por um mediador.

Transparência no tratamento da informação, pois os mediadores são aqueles que estão em constante formação e atualização das coberturas e garantias dos seguros, e que leram mesmo as apólices, centenas de apólices.

Os mediadores são especialistas em letras pequeninas para garantir que o seguro serve para alguma coisa. O mediador é a pessoa que lhe dá o seu número de telefone para ligar em caso de sinistro.

Ao comprar um seguro devemos questionar detalhadamente sobre todas as coberturas, capitais e franquias que se está a contratar, e nunca esquecer o lema “o barato sai caro”.

Entendo que é meu dever enquanto mediador ajudar a credibilizar o setor de tal forma que, um dia, ser mediador de seguros terá tanto prestígio como ser médico ou advogado.

Artigo de João Ricardo Silva, Especialista em Seguros.

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