
As obras de requalificação em Silvares lançam novos caminhos na mobilidade em Guimarães.
Para Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, a construção do desnivelamento da rotunda de Silvares foi “decisiva” para eliminar o maior ponto de estrangulamento do tráfego em Silvares, resultante da confluência de uma grande quantidade de veículos àquela rotunda, provenientes da autoestrada A7, de Pevidém e da EN 206 que liga Guimarães a Famalicão.
“No entanto, não é despicienda a construção das três vias que, ainda que complementarmente, contribuem para a melhoria das condições de escoamento do trânsito. Refira-se as ligações viárias da rotunda de Mouril à variante de Creixomil, da rotunda do Reboto à rotunda de Mouril e da rotunda de Mouril à rotunda do Pinheiro Manso, esta última inaugurada há cerca de 2 semanas”, refere o autarca.
Estas novas infraestruturas viárias vêm conferir à freguesia de Silvares “uma qualidade de mobilidade que permitirá um maior desenvolvimento”, bem como prosseguir outros projetos já previamente anunciados. “Com as vias que já construímos, conseguimos melhorar a mobilidade em Guimarães, com isso permitindo que se projete a continuação da ecovia da cidade até ao Parque de Ardão em Silvares, ao rio Ave, à futura Ecovia do Ave. Assim, a cidade abraça o rio Ave, que passa a ficar integrado na cidade de Guimarães. O rio fará parte da cidade pela mobilidade em especial a mobilidade suave: pedonal e ciclável e esta realidade reveste-se de uma riqueza patrimonial excecional”, disse o edil.
O presidente da Câmara referiu a necessidade de realizar uma outra obra que permita a saída mais direta para a EN 206 de quem circule entre Guimarães e a rotunda de Silvares. “A parte que falta, para que tudo fique completo, para que tudo fique melhor, é construir uma faixa de saída da variante de Creixomil para a EN 206, de forma a que quem vem da variante de Creixomil não tenha necessidade de ir à rotunda para seguir em direção a Famalicão. Esta é uma obra que deverá ser articulada com as Infraestruturas de Portugal e que deverá acontecer daqui a cerca de 2 anos”, disse.
Em relação à ligação de Silvares à Cidade Desportiva, Domingos Bragança disse já estar a ser preparado um projeto que permitirá a execução de uma obra para resolver o estrangulamento existente na zona das Casas Novas, colocando de parte qualquer solução que seja invasiva para a Veiga de Creixomil. “Não contem comigo para destruir o nosso património natural. A via a construir terá entre 150 a 200 metros, o suficiente para contornar o atual constrangimento, aproveitando-se a via já existente, sem a necessidade de construir em terrenos da Veiga de Creixomil. É esta a nossa opção, em defesa da otimização dos recursos existentes e da racionalidade e proporcionalidade das medidas, em consonância com as necessidades reais”, conclui.