Na tradição católica, o mês de novembro é dedicado às almas do purgatório onde se dedicam orações, cânticos e missas para aliviá-las do sofrimento e terem o perdão de Deus.
O norte de Portugal contem inúmeros nichos das alminhas localizadas em espaços públicos – considerados com grande valor patrimonial – onde os fiéis colocam velas para “iluminá-las” e deixam uma esmola que posteriormente será entregue à Igreja com a intenção de ser celebrada uma Missa.
Também o ritual do “Botar das Almas” integra-se neste mês de novembro onde as pessoas cantam em alta voz durante a noite para “os pecadores se converterem e rezar pelas benditas almas do purgatório”, referiu o GAMT – Grupo de Amigos do Mosteiro de Tibães, grupo que recriou também o Botar das Almas na freguesia de Mire de Tibães. “Após a hora do jantar e de um local mais elevado, que podia ser uma árvore que estivesse nas proximidades do eido da casa, um terraço por cima da cozinha ou barraco, um muro, uma escada, uma meda de palha ou o mirante da casa, ouvíamos vozes melodiosas que evocavam a prece do Pai Nosso e da Avé Maria”, explicou.