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Lançada petição em defesa do “traçado original” do caminho que liga Braga a Santiago de Compostela

Foi lançada uma petição em defesa do “traçado original” do caminho jacobeu que liga Braga a Santiago de Compostela, apresentado há três anos pela Associação Jacobeia do Caminho Minhoto Ribeiro (AJCMR), que conta com 139 assinaturas, dois dias após ter sido criada.

Este traçado, na distância de 240 quilómetros, foi apresentado em Braga a 1 de abril de 2017 pela AJCMR, com sede na Galiza. O itinerário, certificado pela Igreja a 28 de março de 2019, com o nome Caminho da Geira e dos Arrieiros, por ação da Associação Codeseda Viva (Galiza), prevê a passagem por Berán, a “terra natal do projeto”.

No entanto, surgiu uma terceira entidade que pretende a homologação pelas autoridades espanholas de um traçado diferente que, entre outros aspetos, não prevê a passagem por Berán. Assim, a AJCMR lançou esta petição para “recolher a solidariedade da opinião pública, em particular dos peregrinos e das autoridades ligadas ao Minho e ao Caminho de Santiago”.

O objetivo “é sensibilizar as entidades espanholas para o facto de ser desprovido de sentido o Caminho da Geira Minhoto Ribeiro / Caminho da Geira e dos Arrieiros não passar por Berán, por razões históricas documentadas e outros aspetos relevantes”, lê-se na petição.

O Caminho da Geira e dos Arrieiros foi reconhecido pela Igreja no ano passado, quando o delegado de peregrinações do cabido da Catedral de Santiago, o deão Segundo L. Pérez López, assinou um certificado onde refere que o traçado cumpre “as condições de outros caminhos de peregrinação” e por isso “concede a Compostela” a quem o percorrer. Está em curso o processo de homologação pelas entidades civis.

No ano passado foi percorrido por 367 peregrinos em 10 meses. A maioria partiu de Braga (227), seguindo-se Castro Laboreiro (104), Entrimo e Ribadavia (com oito cada).

Os portugueses constituem o maior grupo (80%), havendo ainda registo da passagem de italianos, suíços, franceses, brasileiros, polacos e holandeses.

Além dos peregrinos que receberam a Compostela (e, como tal, entraram nas estatísticas), a associação Codeseda Viva considera que muitos outros o fizeram, apontando uma estimativa global de 850 pessoas.

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