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BragaBruno Gonçalves de Braga é candidato à União Internacional de Juventudes Socialistas

Bruno Gonçalves de Braga é candidato à União Internacional de Juventudes Socialistas

Bruno Gonçalves

O socialista de Braga Bruno Gonçalves é candidato a secretário-geral da União Internacional de Juventudes Socialistas (IUSY), cujo congresso mundial eletivo se realiza a 18 e 19 de junho, na Cidade do Panamá.

A IUSY é uma organização mundial que conta com 148 membros, de 107 países, representativos de todas as regiões do globo, tendo na sua história “notórios e destacados líderes” como Jacinda Ardern, Nicola Zingaretti e Nath Pai.

Bruno Gonçalves é natural de Braga e atual coordenador dos Estudantes Socialistas Europeus (YES), é o primeiro português a candidatar-se à liderança da IUSY e no seu programa inclui uma agenda mundial para a saúde mental, para o combate às alterações climáticas e pela regulação da economia digital.

“A saúde mental é hoje um desafio central da nossa sociedade à escala global; há atualmente mais de 250 milhões de pessoas afetadas por depressão e problemas de ansiedade, sendo que a vasta maioria não tem sequer o mínimo acompanhamento para lidar com a doença”, justifica o bracarense.

Bruno Gonçalves, que se apresenta sozinho a sufrágio, faz questão de lembrar que “morre no mundo, em média, uma pessoa a cada 40 segundos vítima de suicídio, ou seja, cerca de 800 000 pessoas por ano”. “Este é um número gritante, que supera anualmente o número de vidas perdidas nos principais conflitos armados internacionais. Entre os jovens, dos 15 aos 29 anos, o suicídio é a segunda principal causa de morte. Urge a criação de um organismo mundial que, a par da Organização Mundial de Saúde, seja capaz de criar sinergias e cooperações para que nenhuma vida seja ignorada”, defende.

No seu documento de visão para o próximo mandato da IUSY, refere que “o combate às alterações climáticas e a mudança de hábitos de produção e consumo são, provavelmente, a mais difícil e a mais importante batalha das nossas vidas”.

O candidato a secretário-geral da organização internacional de juventudes socialistas vai mais longe, afirmando que “temos perdido tempo de que não dispomos: a cada segundo de inação, são anos de vida que perdemos. Precisamos de uma mudança, clara e brutal, de paradigma que nos permita garantir, tanto quanto possível, uma vida melhor, um planeta habitável, para as futuras gerações”.

Na sua visão para a organização, o candidato de Braga destaca a importância de promover uma transição digital “justa e inclusiva, regulada e equilibrada, que não deixe ninguém para trás e que seja, essencialmente, um mecanismo de coesão e de progresso para todos os países, de todos os continentes”.

“É importante que esta revolução silenciosa do mundo digital devolva aos mais jovens a esperança de um futuro melhor, alavancado por uma agenda de salários dignos e de direitos laborais reforçados”, acrescenta.

“Foi precisamente nos momentos de transformação tecnológica e industrial que se garantiram as maiores conquistas de direitos sociais. Promover o direito universal a desligar, a eliminação da pobreza e da precariedade, a redução da jornada de trabalho e o combate ao ‘cyberbullying’ em contexto laboral devem ser bandeiras imediatas”, defende.

Outro dos objetivos da candidatura passa pela erradicação do trabalho infantil. “Há, à data em que falamos, mais de 200 milhões de crianças forçadas a trabalhar em todo o globo, esta é uma realidade inaceitável em pleno século XXI. É urgente criar condições para que os mais jovens possam desenvolver a sua educação nos primeiros anos de vida, garantindo, ao mesmo tempo, rendimentos dignos às suas famílias; também aqui importa que a revolução industrial que vivemos sirva para, finalmente, se garantirem direitos básicos a todas as crianças”, sublinha.

Bruno Gonçalves, que se apresenta como candidato único, regista já o apoio de mais de 45 organizações de todos os continentes.

Tem 24 anos e é mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade do Minho. É, desde 2016, secretário nacional da Juventude Socialista e exerce, atualmente, a função de analista de tecnologias de informação numa empresa multinacional.

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