João Pedro Pereira, atual presidente da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP), foi reeleito para o terceiro mandato à frente dos destinos da instituição.
O presidente elege a revisão em curso do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) como uma das principais bandeiras para o próximo mandato. A valorização dos alunos que optam pelo Ensino Superior Politécnico, bem como o reforço da ligação às empresas, a revisão dos apoios ao alojamento e ação social são outros dos objetivos para o próximo ano.
João Pedro Pereira concorreu em lista única, mas garante que “a mais-valia que apresentamos se deve, sobretudo, ao facto de termos representadas na equipa sufragada praticamente todas as instituições do Ensino Superior Politécnico”.
No terceiro ano à frente da FNAEESP, o presidente em exercício reconhece que “ainda há um longo caminho a percorrer para que os estudantes do Ensino Politécnico sejam devidamente reconhecidos como sucede noutros sistemas de Ensino Superior”. “Nesse campo, estamos a anos-luz do que já sucede na Europa, sobretudo quando temos um papel determinante na ligação às empresas, na valorização da inovação e do seu desenvolvimento”, salienta o presidente reeleito da federação.
João Pedro Pereira vê “com bons olhos” as alterações aprovadas em Assembleia da República e que vão permitir ao Ensino Superior Politécnico a outorga de doutoramentos, bem como a adoção da designação de Universidades Politécnicas. “É um primeiro passo no reconhecimento do papel que os Politécnicos já hoje assumem com a sua ligação ao mundo empresarial e ao mercado de trabalho”, frisa o presidente da FNAEESP.
João Pedro Pereira recorda o trabalho “altamente diferenciador que os estudantes do Ensino Superior Politécnico já emprestam às empresas”, um pouco como já sucede no caso das universidades tecnológicas da Irlanda – “um exemplo paradigmático do reconhecimento que foi alcançado para a empregabilidade dos estudantes e para a perceção nacional e internacional do que são universidades tecnológicas e onde são formados os estudantes”.
O apoio ao alojamento e o reforço das verbas para a Ação Social são, como referido, outras das bandeiras da Federação. “Os estudantes do Ensino Superior Politécnico têm sido um motor do desenvolvimento das regiões demograficamente deprimidas, contribuindo para a fixação de mais pessoas nestes territórios”, explica. Contudo, recorda, o crescente agravamento do custo de vida “tem aumentado as dificuldades dos estudantes para encontrar residências a preços acessíveis, o que, muitas vezes, acaba por dificultar a continuidade dos estudos”.