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BragaHospital de Braga bate recorde de procedimentos de AVC

Hospital de Braga bate recorde de procedimentos de AVC

© Hospital de Braga

O Hospital de Braga alcançou um crescimento superior a 200% no número de procedimentos endovasculares de Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico agudo por cateterismo cerebral, sendo dos hospitais do país com mais doentes referenciados pelo INEM, no protocolo pré-hospitalar da Via Verde AVC, avançou a instituição de saúde.

Segundo o Hospital de Braga, “a demora média de internamento dos utentes é de apenas dois dias e cerca de 30% dos doentes tiveram alta para o domicílio com total independência funcional, circunstâncias que são consideradas muito positivas”.

Assinalado anualmente a 31 de março, o Dia Nacional do Doente com AVC pretende sensibilizar a população para a realidade da doença em Portugal e promover as boas práticas em saúde, incentivando uma dinâmica que conduza a novas atitudes. O AVC é a principal causa de morbimortalidade em Portugal e, nos últimos anos, a sua abordagem terapêutica evoluiu consideravelmente, refletindo-se numa melhoria no prognóstico destes doentes.

“No Dia Nacional do AVC, é importante e de inteira justiça reconhecer o trabalho de todos os profissionais envolvidos no diagnóstico e tratamento do doente com AVC isquémico agudo, assim como dos elementos responsáveis pela sua reabilitação física e cognitiva”, realça João Porfírio Oliveira, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga.  

O Hospital de Braga é das unidades de saúde do País com mais doentes referenciados pelo INEM no protocolo pré-hospitalar da Via Verde AVC, correspondendo a 40% das ativações de Via Verde AVC, sendo os restantes provenientes de ativações diretas na triagem ou de transferências inter-hospitalares. 

“O tratamento endovascular por cateterismo e/ou endovenoso do AVC isquémico agudo, juntamente com a admissão destes doentes em Unidade de AVC (UAVC), são armas extremamente eficazes para a sobrevivência e redução do impacto do AVC na qualidade de vida dos doentes”, explica Carla Ferreira, neurologista e Coordenadora da Unidade de AVC do Hospital de Braga. 

Neurorradiologista de intervenção do Hospital de Braga, José Manuel Amorim, realça que “por cada minuto de atraso, 2 milhões de neurónios são irremediavelmente perdidos”, pelo que “é emergente o encaminhamento dos utentes para centros capazes de reconhecerem e tratarem, segundo as melhores práticas, as situações de AVC”. 

A Via Verde de AVC é assegurada por profissionais dos serviços de Neurologia e de Neurorradiologia, possuindo o Hospital de Braga, desde 2018, uma equipa especializada de Neurorradiologia de Intervenção, responsável pela realização dos tratamentos endovasculares por cateterismo entre as 8 e as 24 horas, 365 dias por ano.  

No Hospital de Braga, o número de tratamentos endovasculares de AVC isquémico agudo por cateterismo cerebral evidencia um crescimento superior a 200% nos últimos cinco anos: 89 (2018); 102 (2019); 137 (2020); 208 (2021); 308 (2022).

Segundo a instituição, em 2022, foram internados na Unidade de AVC do Hospital de Braga cerca de 420 doentes com AVC isquémico agudo, tendo a demora média de internamento sido de dois dias. Cerca de 30% dos doentes tiveram alta para o domicílio e com total independência funcional, enquanto os restantes tiveram alta para o hospital da área de residência ou prosseguiram os tratamentos de reabilitação no Hospital de Braga.

“O papel do Hospital de Braga na prestação de cuidados no âmbito do AVC isquémico agudo tem igualmente relevância em termos regionais visto que 25% dos doentes submetidos a tratamento endovascular por cateterismo foram transferidos a partir de outros hospitais, designadamente de Guimarães, Famalicão, Barcelos, Viana do Castelo/Ponte de Lima, e até de Santa Maria da Feira”, finalizou.

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