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Guimarães avança com campanha de separação e valorização de resíduos orgânicos

© CM Guimarães

O Município de Guimarães vai avançar, já a partir de + 21 de dezembro, com ações de sensibilização porta-a-porta para dar início à recolha de resíduos orgânicos, no Centro Histórico de Guimarães, alargando a 34% do território até julho de 2022 – antecipando as metas definidas nas normas da União Europeia.

Através de uma campanha inicial de sensibilização, estima-se que nos próximos três meses já seja possível capturar cerca de 80% dos resíduos orgânicos produzidos no Centro Histórico. Nos primeiros meses de 2022, esta campanha será alargada a todas as escolas do concelho e estabelecimentos de restauração da cidade, bem como em algumas freguesias limítrofes. O objetivo desta ação, assente na campanha designada por RRREVOLUÇÃO (Reduzir, Reutilizar e Reintegrar), visa incentivar os vimaranenses a identificar, reduzir e separar o lixo produzido no dia-a-dia, através de um conjunto de ações com benefícios ambientais e também na redução da Taxa de Gestão de Resíduos.

Até ao momento foi lançada uma campanha on-line para a oferta de compostores aos munícipes, que está a ter uma forte adesão. O Município de Guimarães, em parceria com o Laboratório da Paisagem e a Vitrus, vai entregar ainda equipamentos de pequena dimensão em todos os alojamentos de restauração e similares, com processo de recolha efetuada porta-a-porta. As 9 Vilas do Concelho terão ainda um compostor comunitário, assim como a freguesia de Creixomil junto à feira grossista. Todos os compostores serão acompanhados de um Manual de Compostagem que auxiliará a população neste processo.

A vereadora do Ambiente, Sofia Ferreira, destaca o caminho desenvolvido por Guimarães antecipando as metas europeias. “A preocupação na área da sustentabilidade foi colocada na agenda pelo Presidente do Município e continuamos a desenvolver esse caminho que já iniciou em 2013. Este processo resulta de um investimento global na ordem dos 950 mil euros, com financiamento comunitário em mais de meio milhão de euros, e pretende-se atingir uma taxa de 100% em todo o concelho na recolha de biorresíduos em 2028 seguindo as etapas que temos definido nesta transição da economia linear para a economia circular”, salientou.

O presidente da Vitrus, Sérgio Castro Rocha, ressalvou que “este projeto é mais um complemento a outros programas que estão em curso na preservação do ambiente, seguindo a estratégia apontada por Domingos Bragança para um território cada vez mais sustentável ambientalmente”, salientando a intervenção da Vitrus neste projeto que visa a operação da recolha dos resíduos orgânicos com vista à sua valorização.

A Chefe de Divisão do Departamento dos Serviços Urbanos e Ambiente, Dalila Sepúlveda, explicou que a entrega dos compostores já solicitados pelos munícipes será feita, por ordem de chegada dos pedidos, a partir do dia 27 de dezembro. “A entrega dos contentores para a recolha de resíduos orgânicos, que inicia no Centro Histórico, entretanto será feita porta-a-porta com a explicação sobre os resíduos que devem ser separados. Este processo será, entretanto, alargado à cidade e às freguesias, definindo alguns postos para a entrega dos contentores da Vitrus e também de informação”, referiu Dalila Sepúlveda.

Em representação do Laboratório da Paisagem, o diretor executivo Carlos Ribeiro, sublinhou que “as ações de sensibilização vão alargar a todas as freguesias, quer através do papel determinante das Brigadas Verdes, quer através de ações de formação dirigidas a toda a comunidade, nomeadamente no que diz respeito à compostagem.” Através do Laboratório da Paisagem será também “reforçada a comunicação nas Escolas, através do programa PEGADAS, porque se entender fulcral a educação e sensibilização das novas gerações”.

A estratégia de comunicação do RRRCICLO conhecerá, igualmente, outras novidades que serão lançadas nos próximos meses. A RRRCICLO é uma estratégia global de Guimarães para a Economia Circular e que pretende contribuir para transformar os modelos lineares de produção e consumo, para modelos circulares de partilha, reutilização, reparação e reciclagem de materiais e produtos existentes, com a inerente redução do desperdício.

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