
No âmbito das “Conversas de Café” que o Bloco de Esquerda está a realizar, o cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Braga esteve no café O Basílio, em Vila Verde, acompanhado pelos candidatos locais Ricardo Cerqueira e Micaela Gomes.
A defesa da habitação acessível para todos foi tema central, num concelho em que “o parque público é quase uma inexistência”. “Apenas 23 fogos, o que coloca Vila Verde muitíssimo abaixo da média nacional, de 2%, que por sua vez está também muito longe da média europeia, de 8%, com países como os Países Baixos, Áustria e Dinamarca a terem taxas de habitação pública acima dos 20%. A solução para a urgência da crise da Habitação que Portugal enfrenta tem de ser imediata, propondo para tal, o Bloco de Esquerda, a aplicação de um teto às rendas”, refere o partido.
“Os baixos salários, as dificuldades económicas e de emancipação dos jovens em Portugal, os serviços públicos ou os anúncios de investimentos desviados para políticas de guerra” foram outros dos temas debatidos.
Francisco Louçã referiu que “os profissionais de saúde podem declarar-se objetores de consciência, mas “não pode um hospital fazê-lo, pelo que, e porque faltam profissionais e recursos, é urgente a necessidade de valorizar as carreiras dos trabalhadores do SNS”.
Perguntado “para que serve um milionário”, Louçã reforçou “a premência de taxar os ricos e super-ricos para defender a Democracia, num país de acentuadas desigualdades em que a diferença entre o salário dos trabalhadores e o prémio dos gestores chega a ser de 482 vezes, em que 50 famílias detêm 17% do PIB e em que os 10% mais ricos detêm 60% da riqueza”.