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Casa da Ciência de Braga lança projeto educativo com escolas de Moçambique e Timor-Leste

Casa da Ciência de Braga

O Planetário – Casa da Ciência de Braga acaba de obter um financiamento da União Astronómica Internacional para desenvolver um projeto com a Escola Portuguesa de Moçambique e com a Escola Portuguesa de Díli Ruy Cinatti, em Timor-Leste.

O objetivo é a realização de um projeto educativo inovador envolvendo os três países. Este projeto, coordenado diretamente pelo Bolseiro Henrique Cachetas do Centro Ciência Viva de Braga, será financiado em 7.500 euros pelo IAU Office of Astronomy for Development, visando promover os objetivos de desenvolvimento sustentável nos países mencionados.

A ideia central do projeto, intitulado “Code learning with astronomical ideias” (CODELASTRO)consiste na criação de um programa para o ensino de programação baseado na utilização de “microbits” que são umas pequenos “computadores” programáveis com cerca de 5 centímetros através de ideias relacionadas com a exploração espacial e astronomia.

O projeto integra alunos e professores, de cada um dos países envolvidos, que poderão depois replicar a formação junto das suas comunidades escolares, respetivas. No âmbito do projeto está ainda previsto o envio dos materiais educativos necessários para os respetivos países envolvidos, incluindo os kits de programáveis e os manuais da formação bem como a formação neste contexto dos professores e alunos à distância.

A professora Sónia Gama Pereira, docente de Ciências Físico-Química, e coordenadora do Clube de Ciência Viva da Escola Portuguesa de Moçambique, afirma que está “muito feliz com este projeto”, pois poderão utilizar o Planetário que têm na escola “correlacionando-o com a criação de um novo clube de robótica”.

Por seu turno, o professor Eduardo Fernandes, parceiro no projeto da Escola Portuguesa de Díli, confessou que “não tem memória da existência de um projeto desta natureza ter alguma vez ter sido realizado em Timor-Leste, onde a realidade educativa é totalmente diferente da de Portugal, e mesmo da de Moçambique”.

João Vieira, diretor do Centro Ciência Viva de Braga, realça que “o financiamento obtido, para este projeto, é muito importante para todas as partes envolvidas. Nem tanto pelo montante financiado mas, sobretudo, porque passam a estar reunidas as condições para uma partilha profícua de recursos e de conhecimentos entre países de língua portuguesa dando uso às novas tecnologias, para um projeto educativo que irá aproximar e beneficiar crianças e jovens que vivem em lados opostos do planeta. Esta é precisamente a nossa principal função: a transmissão do conhecimento e a ampliação da cultura científica e tecnológica junto daqueles que têm maior dificuldade em ter acesso a ela. Este projeto permite precisamente essa concretização.”

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