D. José Cordeiro acabou de ser nomeado o novo Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas. O atual bispo de Bragança/Miranda irá substituir D. Jorge Ortiga, que renunciou ao cargo.
D. Jorge Ortiga resignou há dois anos, quando completou 75 anos e dá agora “de coração cheio e alegre pela nomeação, as boas-vindas a D. José Cordeiro à Arquidiocese de Braga”.
Leia a mensagem de D. Jorge Ortiga na íntegra
“De coração cheio e alegre pela nomeação do Santo Padre de D. José Cordeiro para Arcebispo de Braga, sinto-me no dever de, em nome de todo o povo cristão, lhe dar as boas-vindas a esta vetusta arquidiocese. Há muito esperado, queremos que sinta a nossa plena comunhão e a mais profunda unidade. Garantimos que se sentirá bem entre nós e que juntos prosseguiremos uma história que remonta aos primórdios do cristianismo”, disse D. Jorge Ortiga.
Chega a Braga num momento de particular significado. O Santo Padre convocou a Igreja para uma reflexão sobre a sinodalidade enquanto caminho transformador de comunhão, participação e missão. Estamos empenhados neste projeto desde o ano passado. Por isso, apaixonados pela figura de S. Bartolomeu dos Mártires, acolhemos a urgência do Papa Francisco de uma renovação eclesial inadiável.
Sabemos que “a caridade está no centro do evangelho” e que não a devemos aceitar como mero mandamento. É um dom que nos consciencializa de que, antes de tudo, somos amados por Deus e, como tal, acolhemos e praticamos a caridade que nos identifica com Cristo, sabendo que o rosto da nossa fé está no amor entre nós, de modo particular cuidando dos últimos e abandonados. Por tudo isto, temos consciência de que a Igreja será credível se souber viver em unidade e comunhão. Presente no meio de nós, Cristo caminha connosco e percorre as estradas da Humanidade, com o intuito de fazer crescer uma Igreja sinodal: afectiva na fraternidade e efectiva nos ministérios.
É esta Igreja, que procura crescer na sinodalidade quotidiana, que entregamos a D. José Cordeiro. Enquanto corpo eclesial, caminharemos e sonharemos juntos uma Igreja renovada para estar ao serviço da Humanidade. S. José, neste ano que lhe é dedicado, tornou-se modelo com a sua coragem criativa e ensinando-nos a transformar qualquer problema numa oportunidade. A pandemia veio dificultar o quotidiano da pastoral. Dela retiramos a lição de caminhar numa fidelidade a Cristo e à rica história da arquidiocese. A experiência pastoral de D. José Cordeio e a riqueza das suas qualidades enriquecerão a nossa Igreja local. Acreditamos na novidade que nos oferecerá. Conte com a generosa entrega das nossas capacidades.
São estas intenções que colocamos nas suas mãos, D. José Cordeiro. Pode contar com todos e cada um: sacerdotes, leigos, religiosos, religiosas, comunidades paroquiais, confrarias, movimentos. Queremos que sinta o nosso afecto, na certeza de que encontrará uma diocese motivada e empenhada para uma consciente sinodalidade.”