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CulturaZet Gallery oferece visita virtual à exposição de Francisco Vidal
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Zet Gallery oferece visita virtual à exposição de Francisco Vidal

A zet gallery apresenta, desde o passado sábado, a Oficina Tropical, uma exposição individual do artista plástico luso-angolano Francisco Vidal.

Face à atual situação que Portugal e o mundo estão a viver, a galeria, em conformidade com as recomendações da Direção Geral de Saúde, encerrou no passado fim de semana as visitas ao público, mas lançou um vídeo online que convida a descobrir cerca de uma centena de trabalhos, a maioria dos quais criados exclusivamente para esta exposição.

Helena Mendes Pereira, curadora da zet gallery, considera que “estamos talvez a viver o maior desafio coletivo do nosso tempo, de uma geração. Neste caso, reafirmamos a importância de estarmos todos informados, sermos conscientes e fazermos a nossa parte, ficando em casa com o maior isolamento social de que somos capazes. É isso que nos é pedido neste momento”. Contudo, “temos a arte para não morrer da verdade”, sublinha, citando Friedrich Nietzsche. É partindo do pressuposto “que nos salve a Arte, como sempre” que a zet gallery lança um vídeo com visita guiada virtual orientada pela curadora. O vídeo está disponível nas páginas de Facebook e Instagram, no canal YouTube e em www.zetgallery.pt.

Sobre “Oficina Tropical”

Com curadoria de Helena Mendes Pereira, “Oficina Tropical” é uma recriação expográfica que reúne pintura, desenho sobre papel, tela ou composições de catanas e intervenções utópico-instalativas, numa proposta artística carregada de irreverência, jazz e espiritualidade.

Através das criações artísticas de Francisco Vidal, a zet gallery convida os visitantes e apreciadores de arte a viajar e sentir África, de Angola a Cabo Verde, Lisboa e Nova Iorque, numa incursão contemporânea que desafia a sentir o mundo, a tropicalidade e a paixão.

Helena Mendes Pereira, curadora da zet gallery, considera que a segunda exposição da programação anual daquela galeria de Braga é “radical e singular”.  A obra de Francisco Vidal “tem os seus lugares e as suas viagens, as suas origens e o seu caminho, é profundamente cosmopolita, vanguardista e, ao mesmo tempo, artesanal: tudo provém do gesto, do seu automatismo e da sua resistência à máquina”, adianta.

De acordo com a curadora a exposição “não busca a moralidade mas a luta e nos traços comuns do seu gesto e da sua paleta (re)descobrem-se pontos de vista, a atualidade e o que inquieta”. Na efeméride da condição contemporânea da obra de Arte, Francisco Vidal “acredita na persistência do saber fazer e na liberdade do movimento que exerce sobre o pincel, num sublime captar a realidade e transfigurá-la”. Sobre as séries de desenhos que integram a exposição, ora em preto ora a preto e branco, a curadora revela que “são pequenas estórias que, em muitos casos, se aproximam da estética da banda desenhada e, sendo assim, bebendo na pop art e na suas permutações e permanências ao longo de décadas. Em Oficina Tropical “não há gavetas, há a Arte pela Arte e há, em oposição, o homem e o artista que procuram na pintura (e no desenho) a forma da essência, a medida da espiritualidade e o confronto com a passagem”.

Licenciado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Arte & Design das Caldas da Rainha e com o Master em Fine Arts pela School of Visual Arts da Columbia University, em Nova Iorque, Francisco Vidal é um nome incontornável da pintura, do desenho e do gesto que se faz cor, se faz África e se faz magia. Com um percurso iniciado no novo milénio, as obras deste artista integram prestigiadas coleções nacionais e internacionais, podendo destacar-se a da Fundação EDP, Fundação Calouste Gulbenkian ou a Coleção Cachola, entre tantas outras.

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