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Braga assinala 300 anos do nascimento de André Soares com monumento evocativo

Exposições, conferências, concertos, teatro, intervenções de arte pública e visitas guiadas integram o programa das comemorações centenárias de André Soares, apresentado esta segunda-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Braga.

As comemorações, que arrancam na noite de segunda-feira com um concerto no Theatro Circo, visam recordar o artista bracarense André Soares numa altura em que se assinalam os 250 anos da sua morte (1769-2019) e os 300 anos do seu nascimento (1720-2020).

Mobilizar a comunidade para esta celebração da memória e da identidade bracarense, promover uma compreensão alargada sobre a vida e obra de André Soares, sensibilizar os educadores para a importância da valorização e divulgação da obra deste arquitecto, potenciar a investigação científica sobre André Soares e o rococó em Portugal, são os objetivos que norteiam as comemorações que culminam com a inauguração, a 30 de novembro de 2020, de um monumento evocativo a André Soares.

Na cerimónia de apresentação do programa, o vereador Miguel Bandeira agradeceu o contributo e empenho de todas as instituições e personalidades envolvidas nesta iniciativa, considerando ainda que ela constituirá “um marco inestimável para a cultura e património da cidade”.

Já para a vereadora da Cultura, Lídia Dias, lembrou que “a salvaguarda da memória é a mais elevada forma de projetar o futuro da comunidade e de manifestar o agradecimento a todos os que se dedicaram de forma exemplar à sua terra”. “Recordar André Soares é, por isso, prestar um tributo à verdade e fazer jus ao espírito agradecido sempre manifestado pelos bracarenses ao longo da sua história”, referiu Lídia Dias.

Por iniciativa do Município de Braga foi constituída uma comissão organizadora, onde foram reunidos representantes das principais instituições culturais bracarenses, além de um conjunto de convidados. Esta comissão é constituída por representantes do Município de Braga, do Agrupamento de Escolas André Soares, da Arquidiocese de Braga, da Basílica dos Congregados, da Biblioteca Pública de Braga, da Confraria do Bom Jesus do Monte, da Direção Regional de Cultura Norte, da Misericórdia de Braga, da Universidade Católica Portuguesa e da Universidade do Minho.

Na comissão têm ainda assento alguns elementos convidados, entre os quais se contam o historiador de arte Eduardo Pires de Oliveira, a musicóloga Elisa Lessa, o director da Revista Bracara Augusta, Luís Silva Pereira, além de Paulo Oliveira e Isabel Silva, diretores do Mosteiro de Tibães e Museu dos Biscainhos, respetivamente.

Recorde-se que André Ribeiro Soares da Silva é um dos nomes maiores da arte bracarense, tendo deixado um vasto legado na arquitectura e na talha. Considerado um “génio do rococó”, desenvolveu a sua arte de forma autodidata e sob a proteção do Arcebispo D. José de Bragança. O historiador de arte Robert Smith haveria de retirá-lo do anonimato na década de 1970 e, finalmente, os bracarenses acordarem para a sua relevância.

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