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Crianças apresentam livro para contar história de aluna angolana que veio viver para Braga

O livro “A Menina Que Não Tinha Brinquedos” tem como objetivo valorizar e transmitir a solidariedade perante as diferentes culturas.

© Sandra Antunes

Foi apresentado esta terça-feira o livro “A Menina Que Não Tinha Brinquedos” desenvolvido pelos alunos da turma 3.º D da Escola Ponte Pedrinha, em Braga, e pela professora Elsa Branco.

A edição teve o apoio da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade e conta a história verídica de uma aluna angolana que veio viver para Braga e que gerou uma onda de solidariedade perante os colegas de turma.

Luís Pedroso, presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, parabenizou todas as pessoas envolvidas no projeto. “Não é usual este tipo de iniciativas porque é um projeto de uma turma que nós quisemos acarinhar na edição do livro. Estas iniciativas são raras e estamos aqui precisamente para dar desse exemplo e, se pudermos replicar noutras escolas, será excelente porque o livro fica para memória futura e daí penso que tudo o que se possa fazer para fomentar a leitura e estimular a parte cognitiva dos nossos alunos é excelente. Os alunos colaboraram para que este livro fosse uma realidade e tenho que agradecer aos intervenientes deste projeto da escola”, disse o autarca.

© Sandra Antunes

Por seu turno, Elsa Branco, professora da turma 3.º D da Escola Ponte Pedrinha e autora do livro, contou que a história é  sobre uma menina que sensibilizou os seus alunos.

“O livro baseia-se numa história real de uma criança que integra a turma e que veio de Angola sem brinquedos. Não é uma família carenciada mas escolheram trazer apenas os bens essenciais. Um dia a menina estava em conversa com as crianças e disse que não tinha brinquedos. No dia seguinte, a turma trouxe-lhe brinquedos e é sinal que o que estou a fazer com eles na sala de aulas dá resultados. Esta entre-ajuda que fala no livro é verdade e acontece”, contou a professora.

Já Maria Oliveira representante dos pais da Escola da Ponte Pedrinha, referiu que a principal mensagem que se pode tirar deste livro “é precisamente no mundo em que vivemos com esta crise de valores e ver crianças com 8 anos a valorizar muito a solidariedade, a partilha e também o respeito por outra cultura, é uma mensagem que pretendemos transmitir”.

Rita Mesquita, professora e coordenadora da Escola da Ponte Pedrinha, achou a ideia “brilhante” e contou que chegam diariamente a Braga crianças vindas de outros países. “Quase todos os dias chegam crianças de Angola, de Moçambique ou do Brasil e algumas com mais necessidades que outras. Acho que neste caso foi uma ideia brilhante e esperemos que sirva de exemplo”, sustentou.

Já Maria da Graça, diretora do Agrupamento de Escolas André Soares, lançou o repto para que outros projetos sejam lançados pelos professores. “Nós temos 100 turmas no Agrupamento André Soares, 36 nacionalidades e um mundo está ali. Isto é uma gota e acontecem muitos factos, muitos eventos, muitos projetos, ideias e esta dinâmica dos professores é um exemplo e faz com que venha à tona tudo aquilo que é possível fazer-se numa escola”, disse.

O livro, que tem a parte gráfica elaborada por Diana Lourenço, tem como objetivo valorizar e transmitir a solidariedade perante as diferentes culturas. A Escola da Ponte Pedrinha tem alunos de 12 nacionalidades.

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