
O projeto “Ponto de Fuga” do Centro Social Vale do Homem venceu o 3.º lugar na 14.ª edição do Prémio Manuel António da Mota, promovido pela fundação.
Sob o lema “Portugal Futuro”, esta cerimónia distinguiu as instituições que se destacam em diferentes áreas de responsabilidade na sociedade, como a luta contra a pobreza e exclusão social, valorização do interior, coesão territorial, saúde, educação, emprego, apoio à família, inovação, empreendedorismo social, transição digital, tecnológica, transição climática, entre outras.
Das mais de 300 candidaturas a nível nacional, o Centro Social Vale do Homem também se candidatou a este prémio.
Os 10 vencedores foram conhecidos este domingo, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, onde foi anunciado a entrega do 3.º lugar para o projeto do Centro Social Vale do Homem, traduzindo-se num valor de 10.000 euros. Várias individualidades estiveram presentes na cerimónia, nomeadamente o primeiro-ministro, António Costa, acompanhado por Manuela Ramalho Eanes e António da Mota.
Do Centro Social Vale do Homem estiveram presentes a Direção, na pessoa do presidente Jorge Pereira, e Sílvia Peixoto, enfermeira e coordenadora do projeto.
O projeto “Ponto de Fuga”, financiado até 31 de dezembro de 2023 pelo Portugal Inovação Social com mediação de impacto pelo IPCA, é um espaço inovador que permite a integração de pessoas com doença mental na comunidade através da arte. Tem como foco melhorar a condição de saúde mental através da arte, estando subjacente a estimulação de capacidades sensoriais, cognitivas, relacionais, ocupacionais e sociais. Destina-se a pessoas adultas com doença mental grave e com moderado ou reduzido grau de incapacidade psicossocial, com disfuncionalidades nas áreas relacional, ocupacional e de integração social.
Da avaliação realizada pelo IPCA, os resultados foram “muito positivos”, ficando reconhecida a potencialidade do projeto e a possibilidade de ser replicado por outras organizações e territórios.
Para Jorge Pereira, “este prémio, mais do que o valor em si, reconhece a importância dos projetos na área da saúde mental e ficamos verdadeitramente orgulhosos por percebermos que o nosso trabalho é diferenciador e que faz a diferenoa na vidas das pessoas com doença mental. Nem sempre é fácil porque geograficamente intervimos junto de pessoas que residem nos concelhos de Amares, Povoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila Verde, mas como dedicação tudo é possível. Temos equipas de trabalho extraordinárias e, por isso mesmo, queremos crescer nesta área, aguardando que possamos, em breve, criar uma estrutura mais moderna para melhorarmos as condições e ampliarmos este projeto”.
Sílvia Peixoto sustenta que “para nós que trabalhamos diariamente esta área da saúde mental, este prémio dá-nos ainda mais força para fazermos mais e melhor. Os nossos utentes merecem tudo. Crescemos também com eles. É um trabalho multidisciplinar, intenso, mas muito recompensador”.