
Candidatos e ativistas da CDU estiveram à porta do Hospital de Braga numa ação de esclarecimento e mobilização em defesa da gestão pública da Unidade Local de Saúde de Braga e do Serviço Nacional de Saúde.
Sandra Cardoso, primeira candidata à Assembleia da República, João Baptista, candidato à Câmara de Braga, e outros candidatos e ativistas da CDU, “ouviram preocupações de profissionais e utentes relativamente ao futuro na sequência da decisão do Governo PSD/CDS de entregar à gestão privada a Unidade Local de Saúde de Braga e outros no país”.
“A decisão do Governo PSD/CDS de novas Parcerias Público-Privadas constitui um novo e grave passo na estratégia de ataque e destruição do SNS. Uma decisão inaceitável que lesa os direitos da população no seu acesso aos cuidados de saúde e ameaça os direitos e condições de trabalho dos profissionais. Uma decisão que compromete o interesse público e cria uma instabilidade agravada na gestão das unidades do SNS, a somar à acentuada falta de meios humanos e financeiros e à onda de demissões e substituições de conselhos de administração. Decisão tão mais ilegítima quando adoptada por um Governo derrotado a poucas horas de ser demitido”, refere o partido.
Para a CDU, “trata-se de uma decisão que, somando-se a outras medidas incluídas no chamado Plano de Emergência e Transformação da Saúde, a concretizar-se, significaria a privatização dos cuidados de saúde primários para pelo menos 2,5 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população do País”. “Aproveitando a estrutura criada pelo anterior Governo do PS, que criou as Unidades Locais de Saúde, o Governo PSD/CDS lançou o processo de privatização da gestão, não só de cinco importantes hospitais do Serviço Nacional de Saúde, mas também das unidades dos cuidados primários de saúde que lhes foram anexadas no início de 2024″, acrescenta.
“Durante 10 anos de gestão privada do Hospital de Braga, apesar dos inúmeros problemas que afectaram Braga e a sua população, recordamos a recusa de medicamentos a utentes, a transferência indevida de utentes para outros hospitais, o corte de serviços em várias especialidades médicas ou ainda o encerramento da urgência pediátrica durante a noite. O fim da PPP que geria este hospital foi uma importante decisão para a qual foi decisiva a constante intervenção da CDU. Como era de prever, desde então mantém-se uma feroz batalha de propaganda, desvirtuando factos, omitindo dados fundamentais, explorando carências reais que persistem, procurando confundir a população e criar as condições para fazer andar para trás o que luta e a contribuição da CDU fizeram andar para a frente. Os problemas do Hospital de Braga não resultam do fim da PPP mas sim da falta de investimento no SNS. Apesar da persistência da carência de meios por responsabilidade dos sucessivos governos, o Hospital de Braga apresenta indicadores que superaram significativamente a actividade contratualizada com o Estado, em áreas tão relevantes como as primeiras consultas, consultas subsequentes e cirurgias, comprovando o acerto da decisão de reversão da PPP de gestão clínica do Hospital”, reforça a CDU.