
O CDS saudou o regresso do Hospital de Braga à gestão privada, em virtude da aprovação de uma resolução em Conselho de Ministros que pretende lançar o processo de atribuição de cinco PPP em cinco hospitais do país, sendo eles Braga, Vila Franca de Xira, Loures, Amadora-Sintra e Garcia da Horta.
Em comunicado enviado à Braga TV, Altino Bessa, presidente do CDS Braga, refere que “desde o início que o CDS se manifestou contra o fim da PPP que vigorou durante cerca de uma década e revelou ser um modelo de sucesso. A inversão desta medida é uma correção necessária a um erro ideológico do partido socialista que, ao invés de privilegiar a qualidade dos cuidados de saúde, penalizou utentes, administrações hospitalares e profissionais”.
Para o também vereador da Câmara Municipal de Braga, “o argumento de que o fim da PPP permitiria um maior investimento público revelou-se falacioso: a realidade demonstrou que a estrutura perdeu autonomia e capacidade de resposta. O resultado foi uma administração hospitalar que se desdobrou em esforços para fazer o melhor que pôde. Ainda assim, a parca rede de recursos humanos disponíveis obrigou ao encerramento de serviços essenciais como, por exemplo, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e a Urgência de Cirurgia Pediátrica. A administração tentou evitar cenários como o mencionado, mas, sem recursos, é impossível fazer milagres”.
“O fim da PPP foi um erro ditado pela ideologia socialista que colocou em segundo lugar o interesse dos utentes e dificultou muito a gestão hospitalar por parte da administração. A administração do Hospital de Braga teve sempre como único propósito o bem-estar do utente e foi esta máxima que lhes permitiu, perante tantas dificuldades, manter um exercício diário de qualidade que, por vezes, devido às falhas ‘vindas de Lisboa’, foi difícil de manter. Graças à inércia do Governo socialista perdeu-se capacidade de resposta e surgiram as dificuldades na gestão de recursos humanos que, por inerência, resultaram na perda de meios humanos suficientes para dar resposta ao utente. E foi, mais uma vez, o socialismo a criar uma bola de neve cujas consequências não foram nada ‘bonitas’. O atual Governo, ao reconhecer esta realidade, está a corrigir um erro e a devolver ao Hospital de Braga e à sua administração tempos mais serenos”, acrescenta Altino Bessa.
Para o CDS Braga, e a gestão hospitalar deve ter como único critério “a prestação de um serviço de saúde acessível, célere e de qualidade. O regresso da PPP representa um compromisso real com a melhoria dos cuidados de saúde, ao contrário de meros discursos ideológicos socialistas que apenas trouxeram constrangimentos à administração do Hospital e aos seus utentes. O CDS defendeu (desde o primeiro momento) que a manutenção da PPP era do interesse público, não apenas pela qualidade dos serviços, mas também pelo seu impacto financeiro positivo”.