
Um regresso há muito aguardado de um dos nomes maiores da música portuguesa. Carlos Maria Trindade dá a conhecer, pela primeira vez em estreia nacional, “Vitral Submerso”, num concerto ao piano, no gnration, em Braga, no dia 7 de outubro, a partir das 18:00.
Fundador de Heróis do Mar, com Pedro Ayres Magalhães e Paulo Gonçalves, e membro dos Madredeus, Maria Trindade é um marco na história da música portuguesa. Com obras que fundem sons eletrónicos e acústicos, Carlos Maria Trindade é uma figura pioneira na produção e experimentação com a música elétrica. Como produtor, é responsável por alguns dos mais icónicos e aclamados discos da pop nacional. Trabalhou em “Dar & Receber” (1984), de António Variações, produziu “Spleen” (1986), dos Radio Macau, “Circo de Feras” (1987), dos Xutos & Pontapés, os dois primeiros discos dos Delfins, “Love” (1996), dos Santos & Pecadores, “Fado Curvo” (2003), de Mariza, e muito mais.
O concerto e disco que agora apresenta é um regresso às origens. Aos cinco anos, Maria Trindade foi com o pai a um leilão de antiguidades e, depois de tocar as “Pombinhas da Catrina”, saiu de lá com um velho piano vertical e um futuro na música. Com os anos, o piano deu lugar aos sintetizadores, com os quais fez carreira. Mais tarde, em 2018, já depois de ser um pilar da história da música nacional, recebeu um piano de 1920 que se impôs na sua sala. “Desde esse dia, comecei a compor para ele. O resultado dessa aventura solitária está no som destas peças, que vagueiam numa espécie de neoclassicismo, fruto de sentimentos variados e de uma vida musical já bastante longa”, conta Maria Trindade sobre o disco que apresentará em Braga.
Os bilhetes custam 9 euros e podem ser adquiridos aqui, no balcão gnration e locais habituais.