
No âmbito da implementação da luta biológica contra a Vespa das Galhas do Castanheiro em Cabeceiras de Basto, foram realizadas recentemente as largadas do inseto “Torymus sinensis” nos castanheiros afetados por esta praga. Os insetos parasitóides vão alimentar-se das larvas da vespa contendo, deste modo, o alastramento da praga a outras árvores vizinhas.
O financiamento do plano concelhio de largadas é suportado pelo Município de Cabeceiras de Basto no quadro do protocolo Biovespa ao qual aderiu em 2017.
Após um trabalho prévio de verificação e validação de locais que reuniam condições tecnicamente justificáveis para a prática da luta biológica, foram efetuadas três largadas no concelho. Todo o processo foi executado por técnicos da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e do Gabinete Técnico Florestal do Município.
Os trabalhos de monitorização das largadas dos anos anteriores e de identificação de novos focos de infestação são realizados pela Comissão Local de Acompanhamento, constituída pelo representante deste Município, por um técnico da DRAP Norte e um representante da RefCast, de modo a definir os planos de largadas para os anos seguintes.
A vespa do castanheiro (Dryocosmus kuriphilus) é uma praga que, desde 2014, tem atacado os castanheiros da região do Minho, Douro, Trás-os-Montes e da Madeira, destruindo os gomos dos castanheiros originando ramos deformados, em forma de galhas, perdas de produção de castanha e declínio dos castanheiros. Foi detetada em Cabeceiras de Basto na primavera de 2017, tendo o Município iniciado a luta biológica em 2018.