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PAN questiona Câmara Municipal sobre os abates de árvores em Braga

Carlos Dobreira

O PAN Braga questionou Altino Bessa, vereador do Ambiente da Câmara Municipal, sobre o abate e substituição de árvores no concelho.

As questões seguem-se ao recente abate de três árvores na Rua Martins Sarmento e ao posterior abate de mais quatro na Rua Sá de Miranda.

“O PAN não pôde deixar de tentar compreender a facilidade com que esta Autarquia abate árvores adultas usando como argumento compensatório a replantação de jovens árvores”, refere a Comissão Política da Concelhia do Pessoas Animais Natureza.

“Acreditamos que a prioridade a nível arbóreo da cidade tem de passar pela planificação da plantação de espécies próprias em sítios adequados em meio urbano, que se adaptem as obras ao arvoredo atual, como já feito em muitas cidades, que se monitorize a evolução ao longo da sua existência como forma de prevenção, que se recuperem as espécies identificadas em risco seja por motivo de doença e/ou outro, e que só em último caso se proceda à sua substituição”, realça Tiago Teixeira, porta-voz da concelhia do PAN Braga.

As questões enviadas para a Vereação do Ambiente focaram-se em pontos identificados pelo relatório inicial da UTAD, como, por exemplo, se as 137 espécies arbóreas identificadas já foram intervencionadas, e o seu atual estado, relativamente às recentes árvores abatidas na Rua Martins Sarmento, quais medidas que estão a ser tomadas pela parte da Autarquia para a monitorização das restantes árvores não contempladas no estudo de forma a prevenir futuros abates, bem como a taxa de sucesso de sobrevivência das espécies de substituição, entre outras.

“É pouco compreensível como é que se, segundo o vereador do Ambiente, o estudo da UTAD, onde se referem várias causas humanas para a falta de condições fitossanitárias de várias árvores, como podas extremas, faltas de tratamentos, tutores demasiado apertados, ou mesmo alcatrão em cima das bases das árvores, coincide em 90% com a avaliação da Divisão de Ambiente e Espaços Verdes, e no entanto continuou a haver árvores deixadas por tratar aguardando o seu apodrecimento como justificação para uma futura substituição”, questiona Tiago Teixeira.

“Este discurso compensatório de replantação de árvores não faz sentido. Como muito se tem dito e volto a realçar, uma árvore adulta, principalmente em meio urbano, tem funções importantíssimas, que a máxima da Autarquia ‘Por cada árvore abatida plantamos três’ não tem em conta. Estas três árvores demorarão anos a desenvolver as capacidades da árvore abatida. Temos de uma vez por todas fazer um trabalho preventivo, para que as árvores não sejam um risco nem para a população e bens, mas que consigam ter um desenvolvimento saudável que só nos vai beneficiar a todos, principalmente na qualidade de vida, e que não façamos depender a replantação e preparação da cidade para as alterações climáticas das espécies existentes”, finaliza o porta-voz.

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