Braga vai ter uma Escola Ciência Viva, que funcionará no próximo ano letivo no Centro Ciência Viva, em Gualtar.
A Escola Ciência Viva é um projeto Educativo lançado pela Ciência Viva, que terá a parceria do Município de Braga, da Escola de Ciências da Universidade do Minho e ainda diversos Agrupamentos de Escolas do Concelho de Braga. Irá funcionar durante todo o ano letivo dedicando-se à Educação em Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática (STEAM).
O projeto foi aprovado no âmbito do Programa Impulso Jovem STEAM inserido no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pretende-se que arranque no ano letivo de 2022- 2023.
A Escola Ciência Viva é, sobretudo, direcionada para o 1º ciclo, vai assumir-se como uma experiência “imersiva” de contacto com a ciência para as crianças do 4º ano da rede pública de Braga, disse o diretor, João Vieira. “É uma Escola onde as crianças vão passar uma semana inteira, de forma imersiva. As crianças vão para o Centro CV, como se fossem para a sua escola normal, e passam o dia inteiro em atividades onde a ciência é sempre o foco principal. Para além da componente mais experimental estão previstas outras atividades e visitas organizadas fora do centro, sempre em torno da ciência”, explicou.
Esta escola, que vai agora instalar-se em Braga, está incluída no objetivo de alargamento do Centro Ciência Viva. A cidade ganha, deste modo, uma nova e importante valência que permitirá potenciar ainda mais o gosto pela ciência em todas as crianças do concelho.
O programa educativo da Escola Ciência Viva integra as metas curriculares de educação formal, mas transmitidas num ambiente de aprendizagem de um centro de ciência onde, por exemplo, será utilizada a metodologia CLIL e IBSE.
Segundo João Vieira, todas as semanas haverá contacto das crianças com um investigador da Escola de Ciências da Universidade do Minho, pretendendo-se motivar e sensibilizar, os mais pequenos, para as práticas científicas e para aquilo que fazem os nossos investigadores. “Já existem algumas escolas Ciência Viva no país mas não tínhamos nenhuma na nossa região. Será, sem dúvida, uma experiência muito diferenciadora que vamos proporcionar e estamos muito entusiasmados”, frisou.
O projeto, que terá o seu financiamento principal através do Plano de Recuperação e Resiliência, assume ainda parceria com a Direção-Geral da Educação (haverá professores destacados pela tutela), com o Município de Braga (que assegura o transporte e a alimentação) e com a Universidade do Minho. “A vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, e o presidente da Escola de Ciências da Universidade do Minho abraçaram de imediato a ideia e estamos todos com muita vontade de o ver a avançar, até porque, para além das crianças, poderemos “formar” os docentes e os funcionários que trabalham no primeiro ciclo e testar novas abordagens educativas”, acrescentou o responsável. Para João Vieira, o projeto é uma “espécie de residência artística de ciência para crianças até aos dez anos”, sublinhou.
Por agora, a Escola Ciência Viva quer chegar às turmas do 4º ano da rede pública, mas o diretor executivo realçou que “no futuro também se pretende que possa ser alargado a outros anos letivos e às instituições privadas”.