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Braga: Junta de Espinho deixa de aplicar herbicidas em todos os espaços públicos

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A Junta de freguesia de Espinho, em Braga, vai deixar de aplicar herbicidas em todos os espaços públicos.

A Autarquia local anunciou que aderiu à campanha da Quercus, deixando de utilizar produtos químicos para o controlo de ervas daninhas, nomeadamente no uso de glifosato, químico considerado cancerígeno.

Filipe Alves, presidente da Junta de Espinho, informou que irá adotar métodos de limpeza que não afetam o meio ambiente, nem a saúde pública. “A Junta de Freguesia de Espinho deixará de aplicar herbicidas em todas as bermas de caminhos, passeios, e outros espaços públicos. Serão usados meios alternativos, como sendo o corte mecânico, corte manual e, análise e estudo no mercado de alternativas biológicas. É uma iniciativa, adotada este ano, que garante o empenho na defesa do meio ambiente e da saúde de todos”, disse o autarca.

O Executivo alertou que a utilização de glifosato como meio de eliminação das plantas invasoras tem sido excessiva, chegando a ser detetado em análises de rotina a alimentos, água, ar, urina, sangue e até leite materno. “O glifosato demora cerca de 30 a 90 dias a degradar-se, período suficiente para se manifestarem efeitos negativos no meio ambiente. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro, da Organização Mundial da Saúde, realizou estudos sobre a exposição de pessoas ao glifosato durante atividades agrícolas que mostraram que pode causar cancro”, sublinhou Filipe Alves.

O autarca explicou que em países de maior consumo de glifosato, a incidência de cancro é das mais elevadas, assim como o desenvolvimento de outras doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, doenças do desenvolvimento como o caso de aborto espontâneo, autismo, malformações, infertilidade, entre outras doenças. 

Além dos efeitos nefastos na saúde humana e animal, também no meio ambiente provoca consequências como a perda de biodiversidade, contaminação dos cursos de água e diminuição das espécies auxiliares para a agricultura.

Para a proteção da saúde da população e do meio ambiente, a Junta de Espinho salientou que “é necessário tolerar mais as ervas, pois têm uma função fundamental tais como a eliminação do CO2 da atmosfera, libertam oxigénio, servem de alimento aos insetos e tornam o ar que respiramos mais saudável”.

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