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Braga já esteriliza os animais que são adotados

O movimento cívico ‘Braga Para Todos’, que iniciou os trabalhos de ativismo político face à falta de políticas públicas de proteção animal em Braga, foi recentemente informado por adotantes de animais do CRO e através da linha de apoio ao cliente da AGERE,  que os mesmos já saem esterilizados ou com um documento para voltarem lá após os 6 meses de vida, caso seja da preferência do dono serem esterilizados em outra clínica, contudo o procedimento deve ser apresentado à veterinária municipal.

“Esta medida está prevista na lei 27/2016 e faz com que Braga, finalmente, depois de um passado sem qualquer respeito pela dignidade dos animais de rua se torne uma das cidades que já aplica a lei, quase na totalidade. Os adotantes apenas suportam a taxa da vacina da raiva e do microchip, que são 19 euros,  e a esterilização fica a cargo da Câmara Municipal de Braga, neste caso âmbito da empresa público/ privada AGERE que tem a tutela do CRO onde desconhecemos os moldes de atuação mas o que importa é que a lei seja cumprida e haver mais controle de natalidade”, salienta o movimento.

O ‘Braga Para Todos’ acredita que Ricardo Rio e o seu executivo, ao dar este passo no cumprimento da lei, “estão a trabalhar para uma cidade mais evoluída, que respeita os seus animais e também evita que os adotantes ao não esterilizar permitam que surjam novas ninhadas, que por norma acabam na rua ou entregues ao CRO,  sempre lotado desde o término do abate”.

O movimento afirma que “é uma ótima notícia,  além de ser confirmada por alguns adotantes também já passam essa informação no call center e nota-se que os funcionários da linha de apoio da AGERE estão sensibilizados e já não têm o discurso que tinham há apenas dois meses, que era muito pouco explícito e pouco transparente. Agora passam mais informação e são mais seguros e isso é muito importante, pois além de reportar avarias e outros assuntos, quem não conhece o funcionamento do CRO vai primeiramente ligar para o apoio ao cliente e é a primeira imagem que vai criar do funcionamento da AGERE e, neste caso, do CRO à sua tutela”.

Para o movimento, falta o CED avançar, desta vez à tutela do pelouro do Ambiente. “Acreditamos que será uma realidade, talvez não tão rápida como nós, como ativistas queríamos mas há questões de ordem legal que são mais morosas e envolvem várias pessoas. No entanto há associações interessadas em colaborar com a Câmara e isso é uma ajuda mas acreditamos que é necessário unir esforços e trabalharmos todos para o mesmo. Mesmo quem não tem associação e de forma ilegal ajuda animais de rua, tem agora a oportunidade de tornar-se voluntário e colaborar com as existentes na cidade”, ressalvam os membros do movimento.

Braga tem, assim, a oportunidade, na opinião do movimento “tornar-se uma cidade melhor para os animais de rua, o que não aconteceu nos último mandato de Ricardo Rio”. “Parece haver vontade. Houve pressão dos cidadãos e esta surtiu efeitos mas também há muito trabalho pela frente. Primeiro é importante uma relação mais aberta entre o CRO e as pessoas e depois os ativistas devem  informar-se  e falar com quem de direito, para não fomentar boatos e não atacarem quem  está a fazer o seu trabalho, temos que cobrar, mas ao mesmo tempo elogiar o esforço e dar tempo das coisas acontecerem. Braga tem vários problemas com animais de rua que não se vão resolver num ano, nem em dois, o próprio CED é complexo”, frisam.

O movimento indica que vai continuar a trabalhar esta temática e que já no Natal vai promover mais iniciativas sobre este e outros temas, sempre gratuitas e com o objetivo de mostrar que “o ativismo é um ato nobre que pode ser construtivo” e também alertar o executivo para o que carece de mudança.

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