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Braga inaugura monumento de homenagem aos advogados que estiveram na resistência ao Estado Novo

O monumento ficará instalado na Praça da Justiça.

© Comissão de Homenagem aos Democratas do Distrito de Braga

A Comissão de Homenagem aos  Democratas do Distrito de Braga vai inaugurar um monumento de homenagem aos advogados que estiveram na linha da frente da resistência ao Estado Novo.

A inauguração está marcada para o próximo dia 31 de janeiro, pelas 17:00, na Praça da Justiça, junto do Tribunal Judicial de Braga.

Após a inauguração segue-se a conferência “Memórias da Resistência”, numa sala do Tribunal, com intervenções dos advogados Artur Marques e Tarroso Gomes.

O presidente do Tribunal Judicial de Braga, juiz João Paulo, dará às boas-vindas na cerimónia de abertura, seguindo-se intervenções de um representante da Câmara Municipal de Braga e da Comissão de Homenagem aos Democratas. Na altura serão lidos os nomes da meia centena de advogados que no distrito de Braga fizeram parte do movimento de resistência ao Estado Novo. Luís Capela, conhecido especialista e intérprete da viola braguesa, tocará algumas músicas alusivas ao ato.

Na descrição que faz do monumento, a autora descreve como se inspirou para chegar à obra final. “A representação do livro justifica-se por ser um poderoso instrumento de trabalho dos advogados, simbolizando a resistência intelectual e a busca pelo conhecimento em tempos de repressão. O rasgo no livro representa a metáfora do corte na liberdade, fazendo referência à opressão imposta pelo regime, que cerceava as liberdades individuais e políticas, fustigando a sociedade, silenciando vozes e restringindo as expressões culturais. Ao mesmo tempo, o livro, como ferramenta de resistência e disseminação de ideias, torna-se um símbolo de esperança e libertação. Os cravos que surgem no ‘rasgo’ são um símbolo de renascimento, representando a transição de um período sombrio para um novo ciclo de democracia e liberdade. Marcam o renascimento da democracia e a recuperação dos direitos civis e políticos que haviam sido negados por anos”, disse a autora.

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