Hugo Pires, candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Braga, iniciou, este domingo, a sua pré-campanha para as Eleições Autárquicas com a visita às freguesias afetadas pelos maus odores e pela poluição provocados pela ETAR de Frossos.
O socialista diz estar atento à “qualidade de vida das populações e inadmissíveis crimes ambientais”, tendo escolhido as freguesias de Frossos, Merelim São Pedro, Merelim São Paio, Real, Dume, Semelhe, Palmeira, Panóias e Parada de Tibães para esta primeira iniciativa do “Tempo de ouvir” com que pretende ocupar os próximos tempos desta pré-campanha eleitoral.
Nesta visita estiveram autarcas locais e representantes destas freguesias, que deram a conhecer os problemas de poluição ambiental que “afetam as populações”, nomeadamente “o lamentável estado em que continua o rio Torto”, que Hugo Pires visitou em Frossos, nas proximidades da Capela de Santo António.
“É lamentável que um curso de água que atravessa os aglomerados populacionais se encontre neste estado. Autarquias responsáveis não podem deixar que tal aconteça, mormente nos tempos que correm, em que é um imperativo tratar bem a água que temos. É uma obrigação que a Câmara Municipal de Braga e as entidades competentes nesta área resolvam de uma vez os focos de poluição que põem o Rio Torto neste estado”, afirmou Hugo Pires.
A questão dos maus odores que afetam estas freguesias também foi abordada, “cheiros que se têm intensificado nas últimas semanas, ao ponto de se fazerem notar no centro da cidade”.
O candidato socialista lembrou que “a sobrecarga em que se encontra esta ETAR estava já identificada há longos anos, altura em que a AGERE, gestora da rede de saneamento básico, procurava terrenos para a construção de uma infraestrutura que permitisse desviar parte dos resíduos que para ali são encaminhados”.
“Este é um problema e um investimento municipal que deveria ter sido feito há longo tempo. É uma inevitabilidade. Porquê estar a fazer sofrer as populações, designadamente os odores que se têm feito sentir nas imediações, algo deveria ser explicado sobre este assunto”, disse Hugo Pires.
A Associação de Moradores do Parque Norte, uma urbanização que se tem desenvolvido particularmente na última dezena de anos, foi uma das entidades cujos dirigentes expressaram a Hugo Pires os seus “problemas mais prementes”, enfocando nas questões ambientais. “Os maus cheiros têm sido particularmente preocupantes desde as últimas duas ou três semanas. Nem se pode estender uma peça de roupa nas varandas”, afirmou a associação.
O “desmantaelamento” da Rede Social de Braga, bem como a necessidade de fomentar o investimento no apoio à infância e às famílias com crianças de tenra idade, foram temas abordados com os autarcas presentes, que identificaram esta como “uma das carências mais evidentes”.
Nas várias conversas mantidas durante a manhã, o candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal de Braga teve, ainda, a oportunidade de abordar “muitos outros temas de competência autárquica”, designadamente “a necessidade de adequar circuitos e coroas dos transportes públicos municipais, novas vias de comunicação que permitam resolver os pontos-negros do trânsito nos acessos à cidade ou a reativação de estruturas desportivas e culturais nas freguesias”.
Para além de “ir ao terreno e escutar as pessoas”, a candidatura de Hugo Pires, que se apresenta sob o símbolo do PS, “mas vai além das estritas fronteiras partidárias”, aceita ideias e sugestões para que, em “debate franco e aberto”, possa construir um programa o mais participado possível para o mandato autárquico de 2021-2025. Para coordenar a elaboração desse programa, o candidato convidou Adolfo Macedo (Adolfo Luxúria Canibal), que aceitou o desafio e acompanhou já esta primeira visita.
