A Câmara Municipal de Braga apresentou, esta terça-feira, o ATLAS, novo programa de mediação cultural. Participação, inclusão, bem-estar social, interculturalidade e multiculturalidade, envolvimento cívico, sustentabilidade e criação artística são algumas das palavras-chave desta iniciativa.
Alinhado com a Estratégia Cultural de Braga 2020-2030, o novo programa está a decorrer desde janeiro em vários espaços do concelho, com a implementação de múltiplos projetos de desenvolvimento de competências, numa abordagem multidisciplinar, envolvendo toda a comunidade.
“Do ponto de vista cultural, aquilo que norteia o nosso trabalho é a estratégia 20-30 que desenvolvemos e que temos vindo a concretizar passo a passo com iniciativas como estas que estamos hoje aqui a mostrar e que afiançam que a cultura é, de facto, o vetor de coesão e de integração de todas as dinâmicas de desenvolvimento do território”, disse Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, durante a apresentação ATLAS, que decorreu no Teatro da Escola Secundária Sá de Miranda.
Para o autarca, a cultura é “aquilo que verdadeiramente consegue colar o desenvolvimento educativo, o desenvolvimento social, o potencial económico, o estimular de atividades, a inclusão, a sustentabilidade, entre outras prioridades que estão no dia a dia de quem gere o território”. “É isto que é, no fundo, este programa ATLAS, um programa que vai ao encontro dos agentes culturais, que vai ao encontro de vários parceiros institucionais como é o caso das escolas, das instituições sociais, mas que vai sobretudo ao encontro dos cidadãos, das comunidades nos seus mais diversos contextos e do território de uma forma descentralizada”, sustentou o edil.
Projetado para o ano 2023, o novo ATLAS envolve a promoção de cerca de duas dezenas de iniciativas divididas por vários eixos, nomeadamente as residências artísticas que decorrem nas escolas do concelho; o eixo “Se estas pedras falassem”, que promove a sensibilidade para as singularidades da arte e património, aprofundando o conhecimento da história local; o projeto “Todos aos Palco”, que promove iniciativas nas áreas da música e das artes performativas; e a iniciativa “Entre Linhas”, com atividades ligadas à promoção da leitura, à literatura e às artes visuais, com uma aposta forte e rica em conteúdos que cruzam e se entrecruzam.
No total, o novo ATLAS envolve 13 instituições de ensino da Comunidade Educativa, 16 entidades artísticas, 12 entidades parceiras e 24 centros sociais e lares de idosos.
A sessão desta terça-feira iniciou com a apresentação de resultados da “Operação ATLAS, Cultura para Todos”, que foi implementada no concelho de Braga entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022, tendo sido cofinanciada no âmbito do Programa Operacional Norte 2020.
A “Operação ATLAS, Cultura para Todos” envolveu, no total, 6736 participantes, em nove projetos promovidos com 47 entidades parceiras.
Como explicou Ricardo Rio, “o projeto ATLAS nasceu num contexto muito especial de um financiamento comunitário, mas hoje está assumido como uma iniciativa 100 por cento municipal”.
A sessão contou, ainda, com as intervenções de responsáveis de várias entidades envolvidas nos projetos, nomeadamente Tânia Crista, diretora técnica da CERCI Braga, Francisco Quintas, diretor da Cosmic Burger, Joana Brito, cofundadora da A Casa ao Lado – Centro Artístico, e Nuno Oliveira, produtor da Amarela Mecânica.