Anunciada a decisão do Governo de lançar o processo de atribuição de cinco parcerias público-privadas (PPP) em hospitais, entre os quais o de Braga, a Comissão Coordenadora Distrital de Braga do Bloco de Esquerda opôs-se a esta medida.
Em comunicado enviado à Braga TV, o Bloco de Esquerda refere que “o desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde e sua fragmentação têm constituído graves retrocessos, num país e distrito que viram, há 50 anos, a democracia desbravar decididamente o caminho para um acesso universal, geral e gratuito à saúde”.
“Conhecida a impossibilidade de atrair e manter profissionais de saúde em carreiras que não são devidamente valorizadas, num contexto em que é habitual termos serviços imprescindíveis assegurados por um abusivo uso de horas extraordinárias, e que fecham quando todos os limites do possível são ultrapassados, com o Ministério da Saúde a ser ainda liderado por Ana Paula Martins, responsável, com a sua incúria, pelo trágico caos durante a greve dos profissionais do INEM, num momento de instabilidade política causada pela recusa de simples e natural escrutínio, é inaceitável que a prioridade deste governo, liderado por um Primeiro Ministro que não tem a confiança dos portugueses nem do Parlamento, seja a de avançar com negócios que resultarão em sérios prejuízos para os utentes”, acrescenta.
A Comissão Coordenadora Distrital de Braga do Bloco de Esquerda diz confiar nos profissionais que “asseguram o acesso à saúde, tal como os utentes do Hospital de Braga, que têm atribuído a classificação de Muito Bom à generalidade dos serviços prestados, apesar das dificuldades diagnosticadas, pugnará por um serviço que não se vergue à maior ou menor lucratividade dos pacientes ou serviços e lutará para que não se concretize mais este passo de desmantelamento e entrega a interesses privados do Serviço Nacional de Saúde”.
