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Autarca deixa apelo: “Vamos ajudar os Bombeiros Voluntários de Braga”

© Sandra Antunes

Luís Pedroso, presidente de Maximinos, Sé e Cividade, desafiou as Juntas de Freguesia e os bracarenses a apoiarem os Bombeiros Voluntários de Braga. Face à falta de apoios e meios que a corporação atravessa, o autarca ofereceu um subsídio extraordinário aos bombeiros.

O presidente esclareceu que anualmente esta União de Freguesias dá um apoio de 500 euros a esta corporação mas veio reforçar a ajuda, uma vez que os Bombeiros Voluntários  de Braga têm recebido poucas verbas para o combate aos fogos. “A nossa União de Freguesias, juntamente com a nossa presidente da Assembleia de Freguesia, aprovou um apoio extraordinário de mil euros para os Bombeiros Voluntários, precisamente para que, com este esforço dos incêndios que têm tido e com o aumento do custo dos combustíveis, possamos contribuir para amortizar um bocadinho estes custos de exploração”, sublinhou o autarca.

Na conferência de imprensa, Luís Pedroso lançou o desafio aos presidentes das Juntas de Freguesia do concelho para ajudar os soldados da paz com um apoio anual. “Aproveito o ensejo para lançar o desafio aos autarcas do concelho de estipularem uma cota anual a favor dos Bombeiros porque, além dos apoios da Câmara de Braga, a sociedade civil tem a obrigação de ajudar a corporação. O apelo que faço é mesmo esse, que tanto os autarcas como os cidadãos bracarenses, se façam sócios da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga. É muito simples, é só um euro por mês, doze euros por ano. Vamos deixar aqui as propostas de associados para facilitar aos nossos fregueses que queiram aderir e facilitar o processo”, sustentou.

© Sandra Antunes

Por seu turno, António Ferreira, presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga, congratulou-se com o apoio extraordinário que a União de Maximinos, Sé e Cividade disponibilizou, recordando que poucas Juntas de Freguesia apoiam a corporação.

“Esta União de Freguesias é um verdadeiro oásis no universo das Juntas e Uniões de Freguesia de Braga, porque até agora são poucas aquelas que se têm disponibilizado a ajudar. Quando acontecem festas, romarias, corridas de bicicleta, entre outros eventos, os presidentes de Junta muitas das vezes nos ligam a pedir ajuda, mas tenho notado que é só nessas alturas que nos contactam. Os autarcas devem sentir que as instituições da Proteção Civil das suas cidades têm de ser ajudadas”, apelou António Ferreira.

O presidente disse que todos os bombeiros do país são financiados pelo Governo, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e associados que permitem aos Bombeiros Voluntários subsistirem.

António Ferreira informou que os Bombeiros Voluntários de Braga recebem do Estado “cerca de 8 mil euros por mês, num custo obrigatório de 100 mil euros mensais”. “Qualquer coisa não bate certo porque temos inúmeras corporações que têm dezenas de milhares de associados e Braga tem apenas dois mil associados”, disse, acrescentando que as viaturas dos Bombeiros Voluntários “são antigas e, apesar de serem operacionais, é gasto muito dinheiro nas reparações”.

“As nossas viaturas são antigas mas têm combatido fogos em outros concelhos e avariam com muita facilidade. O gasóleo também está muito caro e precisamos de reformar aquelas viaturas. Uma viatura de combate ao fogo custa mais de 300 mil euros e necessitamos de uma viatura ligeira que chegue rápido a um incêndio, que deverá rondar os 60 mil euros. Cada vez que há um acontecimento mais dramático em Braga, vêm outras corporações de Barcelos, Famalicão, Guimarães e Taipas para nos ajudar quando nós, enquanto capital do distrito, é que deveríamos de ajudá-los”, lamentou.

Altino Bessa, vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Braga, também marcou presença na conferência de imprensa e, além de desafiar as Autarquias locais, apelou às empresas de Braga para ajudar os Soldados da Paz.

© Sandra Antunes

“Acho que todas as freguesias deviam de instituir uma cota anual de apoio aos Bombeiros Voluntários porque estão sempre a precisar deles, ora porque há uma festa, ora porque há um incêndio florestal. Por isso, também é uma obrigação e um contributo que estas entidades públicas possam ter. Depois há outros patamares da sociedade que também gostava de lançar aqui o desafio que podem e devem dar o seu contributo aos Bombeiros Voluntários. Desde logo, os empresários de Braga e depois o cidadão comum que poderá aderir e pagar 1 euro por mês, 12 euros por ano. É evidente que somos confrontados porque é que a Câmara Municipal não apoia mais. Nós fomos instituindo uma verba e fizemo-la crescer todos os anos. Este ano, o subsídio é de 30 mil euros e iremos passar para 40 mil euros para o ano e 50 mil daqui a dois anos”, contou o vereador.

Para agradecer o apoio do subsídio extraordinário da União de Maximinos, Sé e Cividade, o presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga ofereceu a Luís Pedroso um Diploma de Honra e um galhardete pelo apoio que tem vindo a prestar à corporação.

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