Valesca Bender, aluna Universidade do Minho (UMinho), participou no maior festival mundial de criatividade. O Dia Mundial da Criatividade foi assinalado esta quinta-feira num recorde de 115 cidades de 15 países, com 1220 atividades de educação criativa em formato online e gratuitas.
Portugal juntou-se este ano a partir de Lisboa, Porto e, em estreia, Santo Tirso, Braga e Guimarães. A comunicação geral do evento e a ligação entre pivôs das 115 cidades conta com a aluna do mestrado em Design de Comunicação de Moda da Universidade do Minho. O programa geral prolonga-se para os próximos dias, face à forte adesão da sociedade à iniciativa, que é apoiada pela ONU.
“Este dia mundial é assinalado pela primeira em formato online, devido à pandemia. Fazemo-lo como ato de resistência e otimismo, mostrando que a criatividade é uma ferramenta muito poderosa que temos neste momento para vencer os desafios”, diz Valesca Bender. Esta designer e investigadora em economia criativa e colaborativa da UMinho foi inicialmente aceite como organizadora da efeméride para Braga e Guimarães, graças ao programa amplo que propôs. Mas a sua ação acabou por se estender ao mundo, tendo este mês, por exemplo, promovido duas sessões diárias nas redes sociais com diversos agentes a partilharem conhecimento, nomeadamente ações de educação e entretenimento infantojuvenil face ao contexto atual.
No caso do Minho, as três dezenas de sessões online ajudam os cidadãos a serem criativos em tempos de crise e a ganharem soft skills, mas também dão dicas para saber escrever boas histórias, produzir vídeos virais, criar design empático, inventar mesas de estudo com resíduos ou valorizar a estética cultural. Os 23 oradores incluem nomes como a fundadora da InspireAção, Grazi Cavenaghi, a atriz Leila Silveira, o artista Acácio Viegas, o empreendedor Rui Aspas, o músico André Pereira Sousa e a repórter Ana Luiza Beniz. Pode ver-se os conteúdos em direto ou gravados em www.worldcreativityday.com.
O Dia Mundal da Criatividade foi instituído pelas Nações Unidas em 2017 e tornou-se o maior festival colaborativo de criatividade no planeta, valorizando a sua importância para a resolução de problemas e para o desenvolvimento sustentável. “Esta é uma oportunidade para aprendermos mais e repensarmos a nossa forma de (con)viver. Para julgarmos menos e experimentarmos mais”, define o brasileiro Lucas Foster, o fundador desta comunidade que agrega educadores, empreendedores, tecnólogos, decisores, investigadores, organizações e a sociedade civil.
