Quarta-feira, Janeiro 22, 2025
12.3 C
Braga
ReportagemAssociação dos Amigos da Viola Braguesa nasce em Braga

Associação dos Amigos da Viola Braguesa nasce em Braga

© Sandra Antunes

Nasceu em Braga a Associação dos Amigos da Viola Braguesa (AVIBRA). A cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais para o triénio 2022-2025 realizou-se esta quarta-feira, dia 11 de maio, na Junta de Freguesia da Sé.

A associação é constituída por Luís Silva, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AVIBRA, António Teles, vice-presidente do Conselho Fiscal, José Dias, presidente da Direção, Abílio Vilaça, presidente da Comissão Instaladora e vice-presidente da Direção, e Luís Capela, do Conselho Fiscal e Abel Gonçalves, secretário da Mesa da Assembleia Geral.

Na cerimónia marcaram presença Luís Pedroso, presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, e Miguel Bandeira, presidente da Fundação Bracara Augusta.

© Sandra Antunes

Luís Silva contou ao público presente que se sente “muito honrado” por fazer parte da associação e que está a planear internacionalizar o instrumento de Braga.

“É um projeto que nasceu em 2018 numa conversa com Luís Capela em que decidimos fazer uma jornada braguesa e, posteriormente, as escolas de música começaram a associarem-se a esta iniciativa. As jornadas têm sido recebidas com entusiasmo pela Universidade do Minho, pelo que foi lançado o repto para escrever algo sobre as violas e editar um disco. Também estamos a pensar internacionalizar a viola braguesa no futuro, pois o nosso património é muito rico e há-que engrandecê-lo. Sinto-me muito honrado pelo cargo que me foi atribuído e espero cumpri-lo na sua dimensão”, disse Luís Silva.

Por sua vez, Luís Pedroso referiu que é “um privilégio” constituir a Associação dos Amigos da Viola Braguesa na sede da Junta da Sé, uma vez que o movimento associativo é “importante”. Na ocasião, o autarca anunciou que irá disponibilizar um espaço aos membros da assembleia para que possam trabalhar no futuro.

“Quando tomei posse como autarca desta União de Freguesias, comecei a aumentar o movimento associativo nesta sala da Junta da Sé e foi precisamente aqui que começou a formação de viola braguesa durante a pandemia. Penso que internacionalizar a viola braguesa é um desidrato e deve ser o objetivo número um. Quis patentear a marca da viola braguesa como património, que no fundo é nosso, porque tem o nome da nossa cidade. Foi-me lançado um desafio e sou capaz de arranjar um espaço nesta união de freguesias”, sublinhou.

Miguel Bandeira falou da importância da internacionalização da viola braguesa, uma vez que são produzidas cerca de cem por dia. “É importante as pessoas terem conhecimento da dimensão e do potencial da internacionalização dos cordofones de Braga. São produzidos cem cavaquinhos por dia no nosso concelho e exportados exclusivamente para a China. Temos que continuar com essa arte porque é de facto um dos fundamentos da nossa identidade coletiva e da nossa alegria e felicidade”, sustentou Miguel Bandeira.

José Dias pretende promover a viola braguesa como “instrumento cultural e patrimonial” e ambiciona qualificar o instrumento dentro e fora do país. “Pretendemos fazer da viola braguesa uma referência como cordofone identitário como cultura lusitana, sobretudo de toda a região norte, aberta ao mundo. Queremos promover o ensino da viola braguesa enquanto instrumento musical certificado e promover este instrumento do cancioneiro português, ou seja, queremos qualificar e desenvolver a sua utilização enquanto cordofone identitário de Braga, do Minho, de Portugal e quem sabe, do mundo”, finalizou.

Esta associação nasceu em virtude das jornadas e das aulas gratuitas de viola braguesa que decorreram em várias juntas do concelho.

A Associação dos Amigos da Viola Braguesa pretende internacionalizar este instrumento ímpar da cultura bracarense, que é o primeiro Cordofone com Certificado de origem em todo o mundo.

PARTILHE A NOTÍCIA

LEIA TAMBÉM

PUBLICIDADE

NEWSLETTER

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

REPORTAGEM

POPULARES